O deputado Paulo Correa Jr (União Brasil) afirmou que no retorno às atividades presenciais da Assembleia Legislativa no dia 4 de março pedirá a criação de uma frente parlamentar para acompanhar o ritmo das obras do VLT – Veículo Leve sobre Trilhos na Baixada Santista.
Atualmente, as obras se concentram na segunda fase.
Ela ligará o trecho 1 (Avenida Francisco Glicério/Afonso Pena) ao Centro Histórico e vice-versa.
No entanto, a concentração dos trabalhos ocorre na Rua Campos Mello, cujo ritmo das obras prejudica moradores e comerciantes.
A ponto da semana passada, integrantes da Amoccam – Associação dos Moradores e Comerciantes da Campos Mello, a promotoria do Meio Ambiente e o prefeito Rogério Santos se reuniram para encontrar soluções para agilizar as obras no trecho.
As obras iniciaram no ano passado e tem se arrastado há meses – a ponto de até greve os funcionários da empreiteira Queiroz Galvão, responsável pela obra, ter ocorrido, ainda que por um curto período.
Motivo: salários pagos serem menores que de outras empresas do gênero que atuam na região.
Diante do impasse, Correa Jr prometeu pedir apoio aos deputados da região e de outras localidades para colher assinaturas no sentido da criação da frente parlamentar.
Em alguns trechos da Rua Campos Mello, as calçadas praticamente sumiram impedindo acesso de pessoas aos estabelecimentos e casas. Foto: Nando Santos
Dessa forma, ela teria a função não só de acompanhar o ritmo das obras da segunda fase.
Mas também da terceira fase, ainda em discussão, que levará o VLT da área insular de São Vicente até ao trecho continental.
“Vou falar com o prefeito Rogério Santos para vermos como poderemos contribuir para acompanhar esta obra e minimizar os transtornos aos moradores e comerciantes”, disse.
Paulo Correa Jr participou do Jornal Enfoque – Manhã de Notícias desta quarta (9).
Demora nas obras do VLT da Rua Campos Mello: problemas constantes aos moradores e comerciantes. Foto Nando Santos
Saída do União Brasil
Ele falou também sobre sua saída do recém-criado União Brasil, homologado pela Justiça Eleitoral na última semana.
“Criança que nasce grande, nasce deformada”, comparou.
O parlamentar lembra que dormiu no DEM – seu antigo partido – e acordou no União Brasil.
“Ele já nasceu e estou fora”, adiantou.
Para ele, o União Brasil, que hoje tem a maior frente de parlamentares – graças à fusão DEM e PSL -, teria nascido “com muitos caciques e poucos índios”, enfatizou.
Convites, portanto, não lhe faltam.
Podemos, Avante, PSD, PP e MDB são algumas das agremiações que, segundo o parlamentar, já abriram-lhe as portas para migrar.
Reconhece que tem conversado com todos, em especial, com o presidente do PSD, Gilberto Kassab.
Mas uma eventual entrada dependeria do apoio da legenda à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“O Kasssab me assegurou que a tendência do partido é ter candidatura própria à presidência”, salientou.
Caso do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
No entanto, tal decisão não está 100% confirmada.
“Não sou bolsonarista, mas sou eleitor do (presidente) Bolsonaro”, salientou.
Mesmo assim, o PL, partido do presidente, seria uma opção?
Não no caso do deputado?
“Conversei com o Valdemar (Valdemar da Costa Neto, presidente da legenda) e ele me pediu desculpas, mas alguns filiados do partido não querem que eu entre, pois assim irei tirar votos deles”, salientou.
Dessa forma, o deputado tem até o início de abril para tomar uma decisão sobre qual será sua nova legenda (ele pertencia ao PEN, que foi incorporado pelo Patriota, unindo-se ao PRP, e assim teria tempo maior para tomar a decisão).
Assim como deputados, vereadores hoje no PSL e DEM também poderão seguir o mesmo caminho.
No Jornal Enfoque , o deputado Paulo Correa Jr anunciou que não ficará no União Brasil, partido recém-criado com a fusão do DEM com PSL. Foto: Carla Nascimento
Vereadores
E se depender do deputado, os 46 vereadores do DEM eleitos nas cidades da Baixada Santista, Vale do Ribeira e Litoral Norte receberão o convite para acompanhar o parlamentar na sua futura legenda.
“Sou um homem de grupo político. Sou soldado do partido e vou trabalhar para que eles venham comigo em um projeto de grupo”, salientou.
Correa Jr também fez um balanço de sua atuação na Assembleia Legislativa.
E enumerou recursos de emendas parlamentares encaminhadas por ele para cidades como Santos (escola náutica – posto 7, escola pública de surf – posto 3, e quadra esportiva Pagão, com aplicação de gramado sintético), por exemplo.
Além disso, na área da saúde, na Santa Casa, foram R$ 2 milhões para o centro de radioterapia.
“E mais R$ 4 milhões para o novo Hemocentro, que vai atender a toda a Baixada Santista”.
Ele também listou recursos enviados para cidades do Vale do Ribeira, R$ 6 milhões na área de saúde em São Vicente assim como em Guarujá.
“Fui o deputado que mais enviou recursos para estas cidades”, destaca Paulo Correa Jr, que diz não parar em suas atividades.
“Concilio a política, com a religião e as atividades sociais”, salienta.
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