Disseminar a cultura inclusiva, com ênfase na educação é o foco do projeto Cidade Digital lançado em São Vicente. Com a iniciativa, os munícipes e visitantes terão a sua disposição internet banda larga gratuita, em todos os pontos da Cidade.
O custo total do projeto é de R$ 7 milhões, sendo que R$ 2,5 milhões já foram liberados, dando seguimento ao processo licitatório, através do qual será definida a empresa responsável pela implantação do projeto. A empresa vencedora terá de seis a 18 meses para finalizar o processo de instalação dos equipamentos. A verba é fruto de emenda do deputado federal Márcio França (PSB). A previsão de funcionamento da rede é para o final de 2011.
Segundo o prefeito Tercio Garcia, várias etapas foram cumpridas, considerando que o projeto foi montado em 2008, mas recebeu um impulso em janeiro deste ano, com as novas definições entre Prefeitura e Ministério da Ciência e Tecnologia. Para o prefeito, a iniciativa traz um destaque para o Município.
“Hoje, a tecnologia cresce todo dia e não há como fechar este processo. Nada tem evoluído tanto quanto este setor. Com o recurso, São Vicente passa a ser a primeira Cidade a ter internet de livre acesso para toda a população vicentina. É o primeiro passo e um grande avanço para a região”.
Para definir o perfil dos usuários, a Secretaria de Ciência e Tecnologia realizou um levantamento entre junho e setembro deste ano. No total, 65.851 imóveis foram pesquisados, sendo que 24.151 residências possuem computador. Entre eles, 19.186 contam com o acesso à internet banda larga, 1.415 dispõe da tecnologia por meio discado e 3.644 não possuem este recurso.
Mesmo com os números expressivos, a secretaria espera atingir mais imóveis, já que a pesquisa também constatou que 12.296 entrevistados pretendem adquirir um computador até o início das transmissões.
O projeto prevê a instalação de uma torre-base, que transmitirá para outros seis pontos, três na área continental e três na insular, onde o sinal será repassado para os equipamentos dos munícipes. Nos locais definidos como áreas-sombra, como o Japuí e alguns trechos do Itararé, serão instalados aparelhos chamados hotspot, para os quais também será disponibilizado recurso, com a mesma qualidade dos demais pontos.
“Se 34 mil pessoas usarem simultaneamente a internet, a velocidade da banda larga será de 128 Kbps. As antenas terão 36 metros e devem ser colocadas em locais de ensino. Para facilitar o manuseio do uso da tecnologia nos telecentros, monitores digitais serão capacitados e contratados para orientar a população”, explica o secretário de Ciência e Tecnologia, Carlos Santiago.
Entre os bairros com maior número de usuários, o Jardim Rio Branco está em primeiro lugar, com 2.656, seguido pela Vila Margarida, com 2.174 e a Cidade Náutica, com 1.743 moradores em contato com a internet. Sites de bate-papo, pesquisas escolares, serviços e jogos foram os itens mais lembrados entre os consultados para uso da rede mundial.
Na coletiva realizada pela Prefeitura, compareceram os vereadores Caio França, Macedo, Valter Vera, José Soares, Roberto Rocha, Gilberto Rampon, Ferrugem, Tiça, Diogo Batista, Pedro Gouvêa, Fernando Bispo, Léo Santos, Jura, Marcelo Correia e o presidente da Câmara, Paulo Lacerda, além de secretários municipais e outras autoridades. Há uma semana, os representantes do Poder Legislativo de São Vicente estiveram em Brasília, para discutir mais sobre o projeto.
A Secretaria de Ciência e Tecnologia também programa a instalação de mais 36 telecentros em 2010, que serão utilizados também pelos jovens do CER (Centro Educacional e Recreativo) e receberá a verba de R$ 1,3 milhão.
Outra construção será a do Centro Vocacional e Tecnológico (CVT), que trata de uma ampliação do projeto Tripulantes do Futuro e espera um investimento de R$ 1,5 milhão na obra. O projeto ainda conta com a instalação de lousas digitais nas 60 escolas municipais e os 19 Centros Educacionais e Recreativos a partir de 2010. O orçamento é de 1,2 milhão.