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13 DE AGOSTO DE 2009

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Proposta de zoneamento de áreas ambientais não agrada Praia Grande

Aconteceu nesta terça-feira, na Associação Comercial de Santos, o 1º Fórum de Trabalho de Planejamento Ambiental Estratégico do Litoral Paulista, reunindo representantes do Governo do Estado e das prefeituras das cidades litorâneas. No encontro foi apresentado novo projeto, elaborado pelo Estado, que sugere mudanças no zoneamento de áreas ambientais, prevendo os investimentos devido à exploração […]

Por: Da Redação

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Aconteceu nesta terça-feira, na Associação Comercial de Santos, o 1º Fórum de Trabalho de Planejamento Ambiental Estratégico do Litoral Paulista, reunindo representantes do Governo do Estado e das prefeituras das cidades litorâneas. No encontro foi apresentado novo projeto, elaborado pelo Estado, que sugere mudanças no zoneamento de áreas ambientais, prevendo os investimentos devido à exploração de petróleo e gás.


O objetivo seria traçar um mecanismo para que o crescimento econômico do litoral paulista fosse feito de forma ordenada, impedindo a devastação das áreas verdes ainda existentes nos municípios. Entretanto, as possíveis modificações causaram insatisfação nas Administrações Municipais e empresários da região.


“Fomos surpreendidos com novo zoneamento das áreas de preservação ambiental apresentado pelo governo estadual. Isso pode impedir que alguns projetos de suma importância para economia da nossa Cidade e, principalmente, da região, sejam realizados, o que talvez impossibilite o crescimento previsto para os municípios do litoral paulista. Essa ação causou estranheza não só a nós, mas também aos representantes das outras cidades e também aos empresários locais”, explicou o secretário de Assuntos Metropolitanos de Praia Grande, Arnaldo Amaral.


O Planejamento Ambiental Estratégico do Litoral Paulista foi elaborado através de parceria das secretarias estaduais de Economia e Planejamento, Desenvolvimento e Meio Ambiente. O objetivo do projeto segue o princípio de promover o crescimento sustentável, impedindo que os zoneamentos de áreas verdes sejam devastados. Os trabalhos serão voltados principalmente para investimentos nos setores de Porto, Indústria, Naval e Offshore.


“O Planejamento Ambiental Estratégico feito pelo governo estadual é necessário e, além disso, mostra a sintonia e a preocupação em proporcionar um crescimento de forma ordenada”, destacou o secretário, que também ocupa o cargo de vice-prefeito de Praia Grande. “Entretanto, já tínhamos realizado esses estudos e prevíamos esse crescimento, pelo qual o nosso Município passaria, principalmente após a descoberta na Bacia de Santos, com a exploração de petróleo e gás”.


Segundo Amaral, os representantes municipais se reunirão como o governo estadual para acertar os detalhes que precisam ser ajustados dentro do projeto. “Agora os municípios explicarão as necessidades de cada um. Esperamos chegar num consenso, pois entendemos ser necessária a preservação ambiental, mas não podemos impedir o crescimento econômico”, ressaltou.


Após a reunião com o governo estadual, o próximo passo será a realização de audiências públicas nos municípios. “Faremos uma divulgação maciça desse encontro para tentar contrapor a idéia dos ambientalistas que estão fora da região e não sabem a realidade das cidades. Não queremos passar por cima das leis, mas buscaremos preservar áreas para serem destinadas a novos investimentos e assim continuar a promover nosso desenvolvimento”, defendeu o secretário.


Com os investimentos previstos na área de petróleo e gás em Santos, cidades vizinhas podem ficar com os problemas sociais. “Novas empresa virão para a região e, com elas milhares de novos moradores, atraídos pelos empregos, causando um custo social para as cidades que não se prepararem para suprir a mão-de-obra criada. Ou seja, corremos o risco de ficar apenas com o ônus, que seria o investimento em serviços como educação, saúde, habitação”, finalizou.

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