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23 DE SETEMBRO DE 2021

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Risco de novo apagão deve influenciar nas eleições do próximo ano

Rafael Moreira falou sobre a participação do presidente Jair Bolsonaro na ONU, eleições presidenciais e ao governo do Estado e os impactos dos riscos do apagão no pleito de 2022.

Por: Fernando De Maria

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O risco de um novo apagão no Brasil em razão da falta de chuvas pode atingir diretamente nos resultados das eleições presidenciais no próximo ano.

Dessa forma, situação semelhante ocorreu em 2002, quando o candidato do PSDB, José Serra, perdeu as eleições e o partido deixou o governo após dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso.

A análise é do doutor em Ciências Políticas pela USP, Rafael Moreira.

Ele participou do Jornal Enfoque – Manhã de Notícias desta quinta (23).

“Certamente tal situação vai gerar impacto, pois poderá afetar a todos, inclusive eleitores do presidente Bolsonaro”, enfatizou.

Assim, ele lembrou que os apagões atingiram em cheio a relação do então presidente Fernando Henrique com o Congresso, enfraquecendo-o politicamente, o que atingiu a candidatura de José Serra, candidato tucano.

7 de Setembro

Além disso, Moreira também relembrou que o Brasil passou por um momento delicado em 7 de setembro passado.

“Durante aquela madrugada, os ministros do STF – Supremo Tribunal Federal (alvo dos ataques do presidente) não dormiram e estavam em contato direto com chefes do alto comando militar”, lembra.

Segundo ele, houve uma primeira tentativa de golpe pelo presidente Jair Bolsonaro.

No entanto, ele não foi levado adiante, diante do cenário previsto pelo governo que não se concretizou.

O cientista político Rafael Moreira analisou o cenário político do momento. Foto: Reprodução/Boqnews TV

Como as Democracias Morrem?

Assim, o cientista político relembra o célebre livro Como as Democracias Morrem?

Dessa forma, na obra, os autores Steven Levitsky e Daniel Ziblatt mostram que a democracia atual não termina com uma ruptura violenta nos moldes de uma revolução ou de um golpe militar, como ocorrera no Brasil em 1964.

No entanto, pelo enfraquecimento lento e constante de instituições críticas – como o Judiciário e a Imprensa.

Além disso, com a erosão gradual de normas políticas de longa data.

“Existem vários relatos de dificuldades na Lei de Acesso à Informação para obtenção de informações legais. Isso é um sinal”, lembra.

Por sua vez, o cientista político cita o caso do consórcio de veículos de comunicação que foi formado como contraponto aos dados divulgados pelo Ministério da Saúde no caso da Covid-19.

Além disso, Moreira também falou sobre as mudanças na reforma eleitoral e apontou o grave defeito da classe política em mudar as regras a cada eleição.

Não bastasse, citou a participação do presidente Jair Bolsonaro na abertura da Assembleia Geral da ONU – Organização das Nações Unidas.

“Foi um verdadeiro show de horrores”, salienta.

“O presidente parecia que estava fazendo uma live para seu público. Foi uma vergonha internacional”, salientou.

Governo do Estado

Além disso, Moreira analisou o cenário eleitoral em São Paulo, que será bem acirrado com nomes fortes na disputa.

Ou seja, são os casos de Geraldo Alckmin – que deve sair do PSDB para o PSD -, Marcio França (PSB), Guilherme Boulos (PSOL), Fernando Haddad (PT) e Rodrigo Garcia (PSDB), que terá a máquina do governo a seu favor.

“Não dá para saber para onde irá o eleitorado. A única certeza é que será uma eleição bem disputada”, acrescentou.

Quer assistir ao programa completo? Acesse o link

 

 

 

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