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Prefeito de Santos

02 DE JUNHO DE 2021

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“Se todo mundo fizer o seu papel, não precisaremos tomar medidas mais drásticas”

Com elevação de casos e aproximação dos impactos da terceira onda, prefeito de Santos pede colaboração da sociedade para evitar novas restrições.

Por: Fernando De Maria

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  1. Prefeito está preocupado com os sucessivos aumentos de internações e a mudança do perfil dos internados. Foto: Nando Santos

No mesmo dia que o prefeito Rogério Santos anunciou medidas mais restritivas no combate à pandemia, os indicadores de ocupação de leitos voltaram a subir.

A taxa geral de ocupação dos 784 leitos está em 72%.

Já entre os 411 leitos de UTIs na atualidade, a taxa de ocupação é de 76%, sendo 66% no SUS e 88% na rede privada.

O índice é ligeiramente inferior ao registrado no sábado (29), com 77% de ocupação.

Mas na ocasião eram 403 leitos disponíveis, sendo que na rede SUS a taxa de ocupação era a mesma e, na rede privada, 90%.

Ou seja, mesmo com o acréscimo de 8 leitos, a taxa só caiu um ponto percentual, demonstrando alta de internações graves.

Em números absolutos, são 313 pacientes internados em estado grave – eram 311 no sábado.

“Peço a conscientização das pessoas”, suplica o prefeito, preocupado com o cenário que se vislumbra em razão dos números crescentes em todo o País, inclusive em Santos.

Em coletiva à imprensa, o prefeito reconhece que o cenário é preocupante com a elevação das taxas de leitos ocupados e a mudança do perfil dos pacientes.

Indicadores preocupam

“Fizemos o lockdown (no final de março), os resultados foram positivos. Mas os indicadores preocupam. Os hospitais começam a sentir um aumento de números de internados, com pacientes mais graves e nem sempre de risco”, salienta.

Hoje, por exemplo, foram confirmadas quatro mortes pela doença, todos de homens de 35 a 64 anos no Município.

E existem 105 óbitos em investigação. Ao todo, confirmados, 1.673 santistas já perderam a vida para a Covid.

“Estamos fazendo de tudo para que isso não volte a ocorrer (lockdown), mas todos precisam colaborar”, salienta.

Infelizmente, nas ruas e praças públicas, como na Palmares, point de skatistas, máscara é um acessório de luxo, por exemplo.

Não muito diferente do Centro, a poucos metros da própria Prefeitura, onde a entrevista coletiva era realizada.

Medidas mais duras

Assim, o prefeito anunciou uma série de medidas com implantação de barreiras para o feriado de  Corpus Christi tanto na entrada da Cidade como na divisa entre Santos e São Vicente. A atuação será da própria Guarda Municipal.

Neste momento (19h10 desta quarta), há quatro quilômetros de congestionamento na chegada a Santos em razão da barreira sanitária, conforme o site da Ecovias.

Não haverá reforço de PMs enviados pelo governo do Estado.

Além disso, a prefeitura já adquiriu mil testes PCR (antígeno) que será encaminhado para  12 policlínicas a partir de segunda (7), com o objetivo de realizar testes rápidos nas pessoas com sintomas.

A vantagem é que a resposta será de 15 minutos – e não mais de 10 dias, conforme ocorria com o Instituto Adolfo Lutz.

Isso agilizará o procedimento para evitar a circulação da pessoa contaminada e monitoramento diário do seu estado de saúde por profissionais da Saúde da Família.

Se o quadro se agravar, a pessoa será encaminhada para tomografia e, se for o caso, para internação.

Além disso, os familiares e pessoas as quais ela teve contato também serão contatados para realização de monitoramento do estado de saúde.

Além disso, o prefeito anunciou outras medidas para evitar a proliferação do vírus, como endurecimento na fiscalização de bares que descumprem as regras do Plano São Paulo, com fechamento às 21 horas.

Isso é muito comum em vias nobres, como na Rua Azevedo Sodré, e em bairros mais afastados, como na Zona Noroeste.

“O objetivo é evitar o pior. Se todo o mundo fizer a lição de casa, não precisaremos tomar medidas mais drásticas”, antecipa o prefeito.

Santos ressaltou também a solicitação para que os planos de saúde invistam na aquisição e aplicação de testes para seus conveniados e outras medidas, algo que nem sempre ocorre, a despeito dos valores cobrados dos clientes.

Há casos em planos de saúde tradicionais que os pacientes precisam pagar do próprio bolso pelo teste, seja PCR ou outro.

 

 

 

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