“A preocupação com o meio ambiente cresceu muito nos últimos anos devido aos efeitos do aquecimento global que afetam e influenciam a vida na Terra e, por isso, entendemos que há espaço para uma publicação desse tipo que se preocupe principalmente com a questão ambiental no Litoral de São Paulo”, disse a aluna Caroline Zandomenighe, destacando que o projeto pode funcionar também como “fonte de pesquisa para professores e profissionais da área”.
Com 48 páginas, formato de 21cm x 28cm e impressa em papel reciclado, a Revista Jundu traz em seu título uma homenagem à região praiana. “Jundu é uma mata de baixa estatura, com raízes profundas que seguram os grãos de areia à beira da praia, adaptada a altas e baixas marés. É uma vegetação de proteção à biodiversidade da zona costeira, atualmente em alto risco de extinção, mas que ainda é vista na região da Baixada Santista”, explicou a jornalista recém-formada Caroline Binato.
“Produzimos reportagens sobre construção civil sustentável, educação ambiental nas escolas, aquecimento global, entre outros assuntos que tentamos abordar de forma clara e decodificada”, acrescentou Caroline Binato. Além desses assuntos, a revista trata de temas como biocombustíveis, transporte marítimo de cargas perigosas, recuperação ambiental de Cubatão e lixo na praia. A entrevista de perguntas-e-respostas da edição número zero foi feita com o secretário de Meio Ambiente do Estado de São Paulo, Francisco Graziano Neto.
A reportagem de capa da Revista Jundu é sobre a cidade de Cananéia, um paraíso do Litoral Sul, dona de imensa diversidade ecológica. “Foi emocionante ir até a cidade e conhecer um lugar que tem consciência de sua riqueza ambiental”, disse Rodrigo Lima, destacando que a maioria da população do município cuida muito bem do lugar. Lima ressaltou ainda que o grupo teve a preocupação de escrever textos em linguagem acessível ao grande público. “A informação científica deve ser dirigida à grande massa e não apenas para a elite”, defendeu.
Já Guilherme Freitas ressaltou que o grupo procurou mostrar a importância de educação ambiental nas escolas, espécies da fauna e flora brasileira, além de informar a função do Ibama. Também integrante do grupo, Virginia Medeiros observou que outra reportagem da revista procura mostrar os problemas causados por lixo jogado nas praias e canais da cidade de Santos e pelo aquecimento global, ressaltando que é necessário que se crie uma cultura de preservação ao meio ambiente. “Não temos a intenção de mudar a opinião de ninguém, mas, por meio de fatos bem explicados, queremos que as pessoas reflitam acerca do tema”.
Os professores integrantes da banca fizeram questão de lembrar que o tema escolhido pelos alunos é de grande relevância social e foi desenvolvido com profissionalismo. “É um projeto de viabilidade econômica, educacional e social, que merece ser colocado logo em prática”, reconheceu a professora Arylce Tomaz.