O rompimento de uma adutora da Sabesp na última quarta (15) não causou apenas estragos às famílias próximas da Avenida Santo Antônio do Valongo, no Morro São Bento, e imediações.
Afinal, em razão do elevado volume de água, rachaduras surgiram em trecho da via Santo Antonio do Valongo, entre Largo São Bento e a Rua São Marcos.
E isso impede o acesso de veículos pelo local, especialmente carros e ônibus.
Assim, três linhas de ônibus que passam pelo trecho (100, 118 e 181) passaram por mudanças.
Dessa forma, os moradores precisam descer próximo ao Supermercado Martinho – bem distante das suas residências – e próximo à escola municipal Therezinha de Jesus Siqueira Pimentel.

Ônibus deixam os passageiros próximo ao supermercado do bairro. Para muitos, bem distante de suas residências. Foto: Silvia Cruz/Colaboradora
Trabalhando na Ponta da Praia, Silvia Cruz viu o tempo entre a saída do emprego até a chegada à sua residência no Morro da Penha aumentar em 45 minutos, caminhando pela geografia de altos e baixos dos morros.
Na prática, são quase duas horas de viagem – do emprego até sua moradia.
Algo que era feito em pouco mais de uma hora.
“Situação está bem complicada. E pior para quem tem dificuldade de locomoção”, salienta.
Aliás, caso do eletricista Antonio Santos, que ficou 77 dias acamado após uma queda, tendo ficado cinco meses afastado do emprego.
Precisou usar cadeira de rodas, muleta e atualmente realiza sessões de fisioterapia.
“Isso prejudicou bastante. A distância é muito longe para pegar ônibus. Andei quase um quilômetro. Meu joelho doeu muito”, reclama.
“Isso sai fora dos meus limites”, acrescenta.

Milhares de litros escoaram pela adutora localizada no Morro São Bentro, trazendo transtornos aos moradores, inclusive entre os que residem em outros pontos dos morros de Santos. Foto: Divulgação/Redes Sociais
15 dias?
Inicialmente, as obras de contenção da pista deverão demorar 15 dias.
No entanto, este prazo deverá ser maior, como apurou o Boqnews.
Assim, as linhas de ônibus 100, 118 e 181, que circulam pelas vias com bloqueios, trafegam com alteração no trajeto.
Dessa forma, isso tem afetado a vida de moradores, especialmente os residentes na Vila Progresso, Lindoia, Penha e imediações.
Afinal, quem pode – e não poucos – pagam uma segunda passagem para seguir para seus destinos.
“Mas acaba saindo muito caro para a gente”, reclama Silvia.
Ela sugere que vans sejam colocadas gratuitamente para que os usuários que precisarem se deslocar a outros pontos dos morros possam dar continuidade aos seus destinos.
A própria CET já reconhece o problema.
Em nota, a empresa informa ‘que está acompanhando a situação e, na segunda-feira, irá ao local para avaliar uma outra alternativa de percurso para o transporte coletivo que seja segura como a que está sendo seguida até o momento’.
Assim, a Sabesp informa que os serviços para recomposição do asfalto estão em andamento.
Dessa forma, a empresa lamenta pelos transtornos causados e está em contato direto com os moradores dos imóveis atingidos, oferecendo toda a assistência e orientação necessária, informa em nota.
Mudanças nos percursos
Assim, com a interrupção, as linhas 100 e 181 fazem o seguinte trajeto:
Seguem Av. Brasil (letreiro em especial), R. Albino dos Santos, Av. Brasil, R. José Ozéas Barbosa, Av. Santista, Praça Guadalajara, Caminho da Lagoa, Av. Prefeito Antônio Manoel de Carvalho.
Segue pela R. Dr. Carvalho de Mendonça, Av. Pinheiro Machado, Av. Dr. Cláudio Luís da Costa, Av. Francisco Manoel, retorno (2 DP), Av. Francisco Manoel, R. Teodoro Sampaio e Av. Rangel Pestana
Já a linha 118 faz o seguinte trajeto a partir da Av. Rangel Pestana, Av. Guilherme Russo, R. José Ozeas Barbosa, Av. Brasil e R. Albino dos Santos.
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