Mais um importante passo foi dado, na tarde de terça-feira (10), para uma Santos mais ecológica, com a assinatura de um protocolo de intenções para futura prestação de assessoria técnica em sustentabilidade junto ao Banco do Brasil. Sendo assim, o objetivo é a utilização de créditos de carbono e aprimorar ações de governança.
Além de consolidar iniciativas alinhadas à agenda ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável), da ONU.
Criados por projetos de empresas e governos que diminuem a emissão de gases que provocam a mudança climática, os créditos de carbono possuem mercado e podem ser negociados com outras entidades que ultrapassaram os limites de emissão. Desta maneira, quem compra os créditos contribui no financiamento de iniciativas sustentáveis, gerando compensação ambiental. De acordo com levantamento da consultoria Equus Capital, o mercado de carbono deve movimentar, no mundo, US$ 50 bilhões nos próximos 5 anos.
Importância
Parcerias como essa permitem que o município possa, no futuro, vender créditos de carbono, receita que a Cidade obtém por meio de projetos sustentáveis, como o aumento e a recuperação de áreas verdes. No ano passado, Santos criou o Parque dos Mangues (260 mil metros quadrados). E o Parque dos Morros (230 mil m2), as duas maiores áreas verdes do município.
Dessa forma, o protocolo também possibilita que a Prefeitura tenha acesso a financiamentos com condições diferenciadas. Assim como, aumenta as possibilidades de atrair investimentos e ainda qualifica o quadro técnico da Cidade. Portanto, uma necessidade dos Poderes Públicos diante das crescentes oportunidades do mercado verde.
“Essa parceria gera economia e riqueza, é um projeto sustentável que vai apoiar projetos maiores. Cada vez que a gente melhora a pegada ambiental, a gente obtém recursos que serão revertidos para outros programas de sustentabilidade, é um ciclo que chamamos de virtuoso”, explica o prefeito Rogério Santos.
Além disso, também participaram da reunião com representantes do Banco do Brasil os secretários de Finanças e Gestão, Adriano Leocadio, Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade, Glaucus Farinello e Infraestrutura e Serviços Públicos, Fabricio Cardoso. Além do Diretor do Departamento de Política dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, Fábio Tatsubô.
Resultados
O Superintendente Regional do Setor Público Sudeste I do Banco do Brasil, Diogo Prim, exalta a futura parceria entre a instituição e a Cidade. “O Banco do Brasil, pelo sexto ano seguido, é o banco mais sustentável do mundo de acordo com o ranking global Corporate Knights. Para a gente, é um privilégio trazer um pouco da nossa expertise ESG para o município de Santos, que é referência em sustentabilidade municipal”
A consolidação da assessoria deve permitir o desenvolvimento de soluções customizadas, capacitação de equipes e aprimoramento de processos internos. Além de reforçar o compromisso do banco e da Prefeitura com a agenda ESG (Ambiental, Social e Governança) e com as exigências por transparência, responsabilidade e valor socioambiental. A parceria também deve impulsionar a transição para a economia de baixo carbono.
Dessa maneira, o Banco do Brasil possui a Agenda 30 BB – inspirada na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, da ONU – que é revisada de dois em dois anos e orienta a atuação da instituição financeira, a estruturando em cinco pilares: Pessoas, Planeta, Prosperidade, Paz e Parceria, com ações alinhadas aos ODS.
Além disso, visando estimular a transição econômica, o banco adota uma série de medidas como a gestão de riscos sociais, ambientais e climáticos. Assim como, a adesão aos principais protocolos internacionais; e a estruturação de produtos financeiros sustentáveis, promovendo o financiamento de projetos com impacto positivo.
Movimento ODS
Santos é referência no compromisso com a agenda ONU 2030, através da observação contínua do cumprimento dos 17 ODSs.
Desse modo, somente em 2024, o Movimento Santos ODS 2030 – coletivo entre sociedade civil organizada, iniciativa privada e administração pública – contou com a adesão de 130 signatários e a realização de 270 ações de impacto pela sociedade civil e iniciativa privada. Além de ser a única cidade no Brasil a implementar ações transversais para indicadores críticos (vermelho, laranja e amarelo) no Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades (IDSC-BR).