Localizada na margem esquerda do Porto de Santos, a Santos Brasil vai investir na ampliação e modernização do Tecon Santos, com investimentos de R$ 500 milhões até 2023 e contratação de 100 novos colaboradores neste período.
No ano passado, a empresa já contratou 450 funcionários para melhorias efetuadas na primeira etapa do processo de expansão de atividades.
Até 2031, o objetivo é investir R$ 1,5 bilhão em expansão no cais santista, após o grupo ter ampliado seu prazo de concessão junto ao Governo Federal.
O objetivo é ampliar a produtividade operacional, a eficiência energética, a velocidade das atividades e o fluxo da operação
Por sua vez, a primeira fase do projeto foi concluída e entregue em novembro passado, quando o ministro Tarcísio de Freitas participou da inauguração das obras de extensão e aprofundamento do Cais do Tecon Santos.
Dessa forma, foram investidos nesta etapa inicial R$ 450 milhões.
Agora, o Tecon Santos é o único terminal de contêineres da América do Sul com capacidade de receber simultaneamente até três navios New Panamax, de 366m – as maiores embarcações previstas para chegar ao País.
E assim, ampliar em 20% a capacidade de atendimento pelo terminal portuário, de 2 milhões de TEUs para 2,4 milhões.
Portanto, a próxima etapa de investimento prevê mais expansão.
Por exemplo: de ampliar o terminal para atender a capacidade de 2,6 milhões de TEUs por ano.
Além da construção de um novo prédio ‘verde’ dentro das práticas estabelecidas pela ESG – Meio Ambiente, Social e Governança.
Melhorias
“Temos compromisso de reduzir 15% da emissão de gases de efeito estufa, 30% do consumo de água e 50% da geração de resíduos desta obra”, salientou.
“O novo prédio atenderá estas normas”, salientou o diretor de operações da Santos Brasil, Roberto Teller.
“Além do projeto Formare, que existe há mais de uma década”, enfatizou, destacando a proposta de qualificação de jovens moradores do município.
Teller participou do Jornal Enfoque – Manhã de Notícias desta quinta (3).

O diretor de operações da Santos Brasil, Roberto Teller, falou dos investimentos que a empresa fará nos próximos meses e a ampliação das atividades do grupo. Foto: Reprodução/Jornal Enfoque
Desestatização
Além disso, o executivo falou ainda sobre o processo de desestatização do porto santista.
Aliás, a consulta pública já está disponível desde o início da semana, e a expectativa sobre o projeto.
Assim, ele salientou que o setor vive grande expectativa sobre o tema, mas defendeu que os 42 contratos atuais de arrendatários instalados no porto santista sejam cumpridos.
“Há necessidade de segurança jurídica”, enfatizou.
Teller também explicou sobre ampliação das atividades da empresa – no caso de Santos, focada no terminal de contêineres – mas que pretende ampliar sua fatia no mercado, inclusive no cais santista.
Recentemente, a Santos Brasil ganhou a licitação para operar 3 terminais de graneis líquidos no porto de Itaqui (MA).
“Estamos atentos às oportunidades para ampliar nossa atuação”, salientou.
Além disso, ele acrescentou que diante da pandemia e da crise mundial do comércio exterior.
Por exemplo, casos da falta de contêineres e até de espaço nas embarcações.
Assim, o cenário econômico só deverá ser mais atraente no último trimestre deste ano.
E como consequência, os impactos da nova legislação do BR do Mar serão sentidos apenas no segundo semestre de 2023.
Por sua vez, o BR do Mar prevê expansão das atividades da cabotagem pelo País,
ISS
Assim, o executivo falou ainda que as empresas têm conversado com as prefeituras e câmaras de Santos e Guarujá para retornar o índice de 3% das operações portuárias (hoje é 5%, conforme vigora desde 2018).
“Estamos otimistas no retorno da alíquota anterior”, disse.
Mão-de-obra
Além disso, Teller comentou sobre a necessidade do aprimoramento da mão-de-obra para o setor portuário.
Não bastasse, ele destacou projetos que o grupo mantém de qualificação interna para preparar profissionais para a nova realidade que se impõe, com equipamentos mais sofisticados.
Afinal, a tecnologia está cada vez mais presente para agilizar as operações portuárias.
“Há uma defasagem muito grande no mercado e isso preocupa. Nós estamos desenvolvendo capacitações focadas neste tema”, salienta.
Confira o programa completo