Em decisão realizada na tarde desta quinta (9), os servidores municipais decidiram manter a paralisação em razão da não resposta por parte da Administração à solicitação de reajuste pela categoria. A concentração iniciará às 8 horas desta sexta (10), na Praça Mauá.
O Sindicato dos Servidores – Sindserv calcula que 5 mil pessoas tenham participado das manifestações ao longo do dia. Ao todo, a Prefeitura tem cerca de 11.500 funcionários. A maior parte dos que entraram em greve são funcionários da Educação. A partir das 19 horas, haverá manifestação na Praça Independência. Às 17h30, o secretário de Governo, Rogério dos Santos, dará entrevista coletiva para fazer um balanço sobre a paralisação.
Durante o dia
Na parte da manhã, milhares de servidores, especialmente da área da Educação, participaram de manifestação de apoio à greve da categoria. Praticamente todas as escolas não tiveram aulas. Já as policlínicas – de forma geral – funcionaram normalmente. Alguns funcionários do PS da Zona Noroeste também aderiram à greve.
No período da tarde, um novo ato ocorreu com saída da Praça Mauá, onde os servidores se instalaram. Nem o forte calor (termômetros marcavam 30 graus por volta das 12 horas, mas a sensação térmica era bem superior) impediu o ato pacífico.
A manifestação percorreu a Praça José Bonifácio, onde fica a sede da Secretaria de Educação, seguiu pela Avenida São Francisco, Praça José Bonifácio, Rua João Pessoa, Rua Martim Afonso e retornou à Praça Mauá. O percurso foi feito nos períodos da manhã e tarde.
Apesar do ato ocorrer na Praça Mauá, em frente ao Paço Municipal, o prefeito Paulo Alexandre Barbosa não estava no prédio.
O presidente do sindicato, Flávio Saraiva, chegou a informar que ele estaria em uma sala na Prodesan.
A informação oficial é que Barbosa estava com compromissos externos em razão de sua agenda oficial.
Os servidores exigem um reajuste, no mínimo, de reposição da inflação de 5,35%, mais aumento real. O Sindest – Sindicato dos Estatutários que tem promovido as greves pipoca – por setores da Administração – também exige a reposição da inflação e aumento real.
Outro lado
Alegando queda na arrecadação em razão da crise financeira, a Prefeitura de Santos informa que será impossível acatar o aumento salarial solicitado e deixou para junho ou julho uma nova rodada de negociações. A única certeza seria a correção da inflação (5,35%) para os vales alimentação e refeição.
Esta é a segunda greve que o prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) sofre em quatro anos. A primeira ocorreu em março de 2013, meses depois dele ter assumido. Após um dia de greve, o prefeito cedeu e deu aumento de 7% retroativo a fevereiro.
Balanço da Prefeitura
Em nota, a Prefeitura de Santos informa que adesão à greve de funcionários foi de 30%, sendo que a maior adesão ocorreu na Educação chegando a 72%, atingindo 13 mil alunos.
Na saúde, a atenção básica foi a mais atingida com 23% de paralisação. Serviços de emergência funcionaram normalmente, com baixa adesão.
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