
Desde a última quinta, servidores iniciaram greve, que atingiu diversos setores, mas principalmente a Educação. Foto: Nando Santos
Os servidores municipais se concentram nesta segunda (13), a partir das 8 horas, na Praça das Bandeiras, no Gonzaga. Sem resposta por parte da Administração a respeito da solicitação de reajuste pela categoria, a greve chegará ao quinto dia – iniciou-se na quinta (9). A anterior, em março de 2013, no primeiro ano do início do mandato do prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), durou 24 horas
Na quinta e sexta, o Sindicato dos Servidores – Sindserv calculou que 5 mil pessoas tenham participado das manifestações ao longo de cada dia.
Ao todo, a Prefeitura tem cerca de 11.500 funcionários. A maior parte dos que entraram em greve são servidores da Educação.
Na última sessão da Câmara, na quinta (9), quando a greve iniciou, o tema sequer foi discutido pelos edis, que enfatizaram e aprovaram o projeto a respeito dos agentes comunitários de saúde e de combate às endemias para se tornarem servidores, conforme prevê legislação federal.
A sessão iniciou às 18 horas e terminou apenas 50 minutos depois por falta de quórum com o esvaziamento da sessão pelos edis situacionistas. Nesta segunda, quando há nova sessão na Casa, os servidores esperam que o tema seja colocado em plenário.
Semana passada
Nos primeiros dias da paralisação, milhares de servidores, especialmente da área da Educação, participaram de manifestação no Centro de Santos de apoio à greve da categoria. Praticamente todas as escolas não tiveram aulas.
Já as policlínicas – de forma geral – funcionaram normalmente (exceção a da Ponta da Praia). Alguns funcionários do PS da Zona Noroeste também aderiram à greve.
Os servidores exigem um reajuste, no mínimo, de reposição da inflação de 5,35%, mais aumento real.
O Sindest – Sindicato dos Estatutários, que chegou a promover as greves pipoca – por setores da Administração – também exige a reposição da inflação e aumento real. Tais greves, porém, não tiveram continuidade.
Outro lado
Alegando queda na arrecadação em razão da crise financeira, a Prefeitura de Santos informa que será impossível acatar o aumento salarial solicitado e deixou para junho ou julho uma nova rodada de negociações.
A única certeza seria a correção da inflação (5,35%) para os vales alimentação e refeição, proposta já rejeitada.
Esta é a segunda greve que o prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) sofre em quatro anos. A primeira ocorreu em março de 2013, meses depois dele ter assumido. Após um dia de greve, o prefeito cedeu e deu aumento de 7% retroativo a fevereiro.