O Governo Federal sinaliza injetar dinheiro público para ajudar construtoras, que apostaram tudo nas bolsas de valores para ampliar seus lucros. Como as bolsas estão em baixa (e devem permanecer assim durante um bom tempo), a situação de algumas empresas de grande porte no segmento preocupa.
Porém, é bom lembrar que existem no País cerca de 100 mil construtoras, sendo que apenas 25 estão operando nas bolsas. Deste total, 12 merecem um acompanhamento mais próximo, em razão da desvalorização dos seus papéis. Com menos dinheiro em caixa, eles enfrentam dificuldades para erguer os prédios que prometerem fazer. A tendência, porém, é que empresas sejam adquiridas por outras. A mineira Tenda, por exemplo, foi comprada recentemente pela Gafisa.
Portanto, fica claro que se o governo injetar dinheiro público em algumas das empresas com ações nas bolsas estará privilegiando uma minoria em detrimento da grande maioria, que financia seus empreendimentos com recursos próprios, como é o caso de boa parte das construtoras santistas. De forma justa, o setor pede apenas mais recursos para ajudar nos financiamentos da construção civil e menos protecionismo, como o governo já aventou.