Unifesp BS ofertará curso de licenciatura intercultural indígena, pioneiro em SP | Boqnews
Unifesp BS oferecerá o curso que permitirá os alunos acompanharam aulas na universidade e também nas aldeias indígenas. Foto: Divulgação

Educação

19 DE ABRIL DE 2023

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Unifesp BS ofertará curso de licenciatura intercultural indígena, pioneiro em SP

Além deste curso, com 50 vagas, a instituição vai oferecer o de Oceanografia, com bacharelado interdisciplinar para estudantes de Engenharia

Por: Fernando De Maria

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O campus da Unifesp da Baixada Santista será o único do Estado de São Paulo a oferecer o curso de licenciatura intercultural indígena.

O objetivo é capacitar profissionais que atuam como professores, mas não possuem licenciatura visando a certificação daquelas que trabalham em aldeias indígenas.

Convênio a ser firmado com o Governo do Estado e o Ministério da Educação homologará o curso, o único a ser oferecido no Estado de São Paulo.

As mudanças na LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação em 1996 garantiram aos povos originários os mesmos direitos para serem alfabetizados no seu pertencimento – ou seja, na sua aldeia.

E assim,  iniciou-se a discussão da abertura de um curso do gênero no Estado de São Paulo.

“O curso será multicampi, com colaboração de professores do campus da Unifesp e de outras universidades”, salienta o professor e diretor do campus da Unifesp – Baixada Santista, Odair Aguiar Jr.

Ao todo, o curso terá quatro anos de duração, com 50 vagas/ano.

A modalidade será presencial, sendo que as atividades serão divididas no ambiente universitário e também nas aldeias indígenas.

A previsão é que o curso seja oferecido já no próximo vestibular.

Oceanografia

Assim como o curso de Oceanografia, outra novidade destinada como bacharelado interdisciplinar para estudantes que escolherem os cursos de Engenharia do Petróleo e Recursos Renováveis e Engenharia Ambiental.

Entre 40 a 50 vagas ofertadas, de forma complementar aos alunos que entrarem em ambos os cursos de Engenharia.

Eles se somarão aos demais cursos oferecidos, como de Fisioterapia, Educação Física, Terapia Ocupacional e Serviço Social, entre outros.

Aguiar Jr participou do Jornal Enfoque desta terça (19), onde falou sobre os projetos e planos da instituição, que completa 20 anos em setembro de 2024.

Prédio do Banco do Brasil, na Rua XV, abriga cerca de 1 mil alunos, em três períodos. Foto: Isabela Carrari/Divulgação-PMS- Arquivo

Histórico

Atualmente, a instituição tem 2.330 alunos de graduação, 245 professores e 116 técnicos administrativos, além de terceirizados (limpeza, segurança, por exemplo).

Mais da metade (51%) é formada por alunos residentes na Baixada Santista.

Os demais são provenientes da Capital, interior e até de outros estados.

Um avanço para o embrião da primeira universidade pública da Baixada Santista, luta de políticos e educadores, em especial, da ex-vereadora e ex-deputada falecida em 2020 Mariângela Duarte, que empresta o nome ao campus da Rua Silva Jardim.

Dos 5 cursos iniciais criados na área da Saúde (como origem da própria instituição, a antiga Escola Paulista de Medicina), hoje são 9, inclusive com a criação do curso de Ciências do Mar, por meio do Instituto do Mar, em 2012.

Aliás, outra novidade apresentada pelo diretor é a migração das atividades presentes no campus da instituição na Avenida Epitácio Pessoa, 741, na Ponta da Praia, para um novo local, desta vez no Centro Histórico.

O SPU – Serviço do Patrimônio da União cedeu o térreo e o segundo andar de um imóvel que ocupava na Rua Augusto Severo (atrás do Paço Municipal).

No local, serão implantados um bicicletário para universitários – que estudam também no prédio próximo, à Rua XV de Novembro (prédio do Banco do Brasil) e também o Serviço-Escola de Psicologia.

Nutrição

Além disso, o Centro Colaborador de Alimentação e Nutrição – único no Estado de São Paulo – voltado à formação para a agricultura familiar e destinado à formação de merendeiras.

Aliás, o serviço ganhou um reforço financeiro este ano pelo Ministério da Educação.

Ou seja, passou de R$ 900 mil para R$ 1,8 milhão.

Não bastasse, setores administrativos também serão transferidos.

Dessa maneira, dentro do processo de revitalização do Centro, estima-se que mais 200 a 300 pessoas circularão pela futura unidade.

Outras mil pessoas já circulam em três períodos no campus localizado no prédio da Rua XV de Novembro.

Dessa maneira, o prédio do antigo Ambesp pode abrigar estudantes universitários. Foto: Marcelo Martins – PMS

Repúblicas no Centro

Aliás, Odair Jr está otimista com a parceria firmada pela instituição com a Prefeitura de Santos.

Em especial, a possibilidade de instalação de repúblicas no Centro Histórico para estudantes, como a do prédio do antigo Ambesp, com 36 unidades.

Por sua vez, sobre a segurança no Centro Histórico, ele enfatiza que o nível se assemelha em algumas regiões.

Assim, ele aponta que a preocupação é ainda maior nas imediações do campus da Rua Silva Jardim.

Atualmente, este é o único acesso ao prédio – em razão do fechamento da saída pela Rua Campos Mello devido as obras da segunda fase do VLT.

Aliás, obras que ajudarão muito na mobilidade dos alunos quando estiverem concluídas.

“Hoje, temos relatos de alunos de assaltos até na Avenida Conselheiro Nébias, o que não ocorria antes”, lamenta.

Além disso, o professor relembrou que as universidades públicas ainda se recuperam dos cortes sofridos no ano passado.

Na ocasião,  os investimentos no setor retroagiram ao mesmo patamar de 2012.

“Isso impactou na manutenção e novos investimentos”, lamenta.

Professor Odair Aguiar Jr, da Unifesp, falou dos planos da instituição durante o Jornal Enfoque. Foto: Carla Nascimento

Planos

Não bastasse, o professor também adiantou os planos da instituição que figura no seleto grupo de universidade latino-americanas.

Assim, ao todo, ela integra o total de apenas 2,3% com conceito 5 (nota máxima).

“Das 2.012 universidades, a Unifesp está entre as 46 melhores qualificadas”, salienta.

Atualmente, a Unifesp Baixada Santista oferece 8 programas de pós-graduação.

Além disso, responde por 30% de toda a extensão (atividades à comunidade) mantida pela instituição no estado.

Durante o programa, Odair Jr. também falou sobre o projeto de redução de danos, com população de rua.

Além disso, os da cultura oceânica, e saúde mental, alguns dos destaques da ampla produção acadêmica da universidade.

E afirmou que a instituição está preparada para aprofundar estudos em relação à dragagem no canal do Porto e os eventuais impactos da diminuição na faixa de areia dos canais 5 e 6, por exemplo.

“Temos  capacidade para realizar este tipo de estudo, de forma a prestar este serviço para elucidação destas questões”, salienta.

E ainda ao apoio à Fundação Parque Tecnológico, com a proposta de investir no projeto de Engenharia Azul, baseado em modelo na Austrália.

Confira o programa completo

 

 

 

 

 

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