(*) com apoio da Agência Brasil
Seguindo a orientação da Secretaria de Estado da Saúde, está suspensa a Campanha de Vacinação Antirrábica, que começaria neste domingo (22). A medida foi tomada em função do grande número de reações adversas notificadas à coordenadoria estadual de controle de doenças – bem acima do observado em anos anteriores, inclusive com óbitos. Os casos, registrados na maioria em gatos e cães de pequeno porte (com peso em torno de 6 quilos), serão investigados pelo Instituto Pasteur.
A expectativa da SMS (Secretaria Municipal de Saúde) era imunizar, até 21 de setembro, 53.500 animais, sendo 48 mil cães e 5.500 gatos. O número corresponde a 80% da população de animais domésticos do município.
A vacinação contra a raiva é importante para conter a forma humana da doença, que não é registrada no estado desde 2002. A raiva é causada pelo Rhabdovirus e transmitida ao homem pela saliva de mamíferos, como cães, gatos, morcegos e macacos. Quando os sintomas já se manifestam, é letal, por isso o tratamento tem que ser feito durante o período de incubação, quando o paciente ainda não apresenta sintomas.
Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde recomenda que seja mantida a vacinação em animais de estimação contra a raiva em todo o país. No estado de São Paulo, a campanha foi suspensa por conta da morte de cães e gatos após terem sido vacinados.
O ministério informa que os casos de reação adversa relatados até o momento estão abaixo do padrão e ressalta que a não vacinação coloca em risco a população. “Não há evidências, até o momento, que os eventos adversos apresentados justifiquem a interrupção da campanha, pois eles estão abaixo do relatado na literatura internacional e do produtor.”
Os donos de animais de estimação devem vaciná-los contra a raiva para não pôr em risco a população. Isso porque a raiva pode ser contraída por humanos. Nesses caso, a taxa de letalidade é próxima de 100%, segundo nota do ministério.
De acordo com a pasta, foram registrados nove casos graves, sendo oito mortes de animais. Os casos ocorreram na região metropolitana do Rio de Janeiro (2), na capital paulista (4) e em Guarulhos (3). Para o ministério, os eventos estão relacionados à reação individual de cada animal à vacina, como hipersensibilidade ou doenças.
O ministério afirma ainda que a vacina antirrábica usada no Brasil é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e tem garantia de imunização por um ano. O laboratório fabricante é licenciado pelo Ministério da Agricultura e vende o produto em clínicas veterinárias de todo o país.