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Opiniões

23 DE SETEMBRO DE 2011

200 semanas depois

Por: Fernando De Maria

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Encontrar um tema de interesse local ou regional semanalmente e levantar elementos para argumentar sobre o assunto é um exercício constante da profissão de jornalista. Sem querer, você se interessa por um fato, levanta dados, faz cálculos, entrevista personagens até obter as informações necessárias para retratar ou opinar sobre um tema a ser colocado em discussão.


Trazer um novo ângulo que não é abordado pelo cotidiano da Imprensa em geral de forma a ter a pretensão de oferecer um novo olhar ao leitor é uma responsabilidade onde não há espaço para falhas ou tapeações. Pelos textos, alguns leitores podem achar que nossa preferência é por A ou B. Já outros, por C ou D. Deixar a dúvida é a melhor arma para a neutralidade.


O preâmbulo, que foge dos textos já escritos neste espaço, deve-se ao fato desta ser a coluna de número 200. Ou seja, há 200 semanas ininterruptas (quase 4 anos) ocupamos este espaço de enorme responsabilidade.


Neste período, abordamos temas dos mais variados, alguns pontuais outros garimpados de acordo com balanços e levantamentos esparsos divulgados na Imprensa ou não. Fazemos, inclusive, dos números um aliado para os textos, ajudando com subsídios para análises e feitura dos artigos.


Percebo que, apesar de quase quatro anos já terem se passado, muitos dos textos já elaborados poderiam ser relançados nos dias atuais, como as tradicionais promessas de governantes, a diminuição de repasses de verbas na região na área da saúde ou a queda na qualidade do ensino registrada pelas notas do Saresp, Ideb e outras siglas educacionais, apenas para citar alguns exemplos.


Alguns textos também provocaram reflexões mais acentuadas, especialmente pelas redes sociais, uma nova aliada para a profusão de ideias e debates mesmo ainda vendo-a com relativa distância, mas que, reconheço, tem importância estratégica para falar diretamente com um público ávido por informação.


Em diversas ocasiões abordamos também temas polêmicos como a verticalização excessiva a qual a cidade se submeteu, cujo ônus já está sendo sentido e ficará ainda pior quando a centena de projetos de novas edificações, que estão na prefeitura e entregues com as regras do antigo plano diretor, forem liberados. A indagação atual é outra: além dos problemas com a qualidade de vida haverá comprador suficiente para tanto?


Ou então, a polêmica passarela ligando o shopping Praiamar ao futuro empreendimento comercial do mesmo grupo empresarial que, caso seja confirmada, se tornará mais uma aberração que esta cidade assistirá para atender aos interesses de poucos.


Por fim, uso este espaço para agradecer aos meus pacientes leitores que emprestam seus preciosos momentos de lazer para refletir sobre a nossa realidade local e regional. Para vocês, 200 vezes muito obrigado.

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