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10 DE MAIO DE 2017

A Autópsia

Por: Da Redação

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bannerTalvez existam poucos lugares mais assustadores do que um necrotério, A Autópsia sabe bem disso e na maior parte do tempo faz até bem uso disso, mas ao rumar para um final pouco interessante, joga fora boa parte do começo promissor.

O começo empolgante passa logo de cara por um trabalho certeiro do diretor finlandês André Ovredal. Primeiro de tudo ele acerta no clima, diminuindo o ritmo dos instantes iniciais e criando um retrato lento de um misterioso massacre em uma casa típica dos Estados Unidos. Mas esse clima termina com um desconhecido corpo meio enterrado no sótão.

E quem precisará desvendar e entender onde ele se encaixa no resto da cena do crime são pai e filho (Brian Cox e Emile Hirsch), dois legistas locais que acabam descobrindo que essa defunta desconhecida tem muito mais segredos do que imaginam e em pouco tempo fenômenos estranhos começam transformar a autópsia. que era simples, em um pesadelo.

Enquanto tudo parece misterioso e sem se revelar, o espectador mergulha nesse suspense e A Autópsia vai mais que bem, porém, quanto mais esses mistérios vão se revelando, menos interessante as conclusões vão se mostrando e o caminho em direção ao final vai se revelando comum e preguiçoso. O que começa com um monte de dúvidas acaba com alguns mortos zanzando pela névoa.

E não pergunte a respeito da névoa, são justamente essas decisões que atrapalham mais o filme, que parece preferir o susto fácil, o acorde alto e uma série de desculpas esfarrapadas para deixar todos no escuro. Uma ideia que só não é pior do que a da névoa/fumaça.

Pelo menos, A Autópsia funciona bem com seus personagens, o que dá uma sobrevida aos acertos antes do desastre. E isso principalmente por apostar em uma dupla crível, que realmente não tentam ser descrentes diante de reviravoltas sobrenaturais. Infelizmente em pouco tempo eles se pegam dentro de um filme de terror comum e igual a mais um monte de outras produções do gênero.

Ruim para eles, pior para o espectador que precisará acompanhar seus caminhos até o final desinteressante e que não se dá nem ao trabalho de criar uma rima visual com o começo do filme. Deixando que o filme se torne só mais um, ainda que tivesse total capacidade de se destacar se seguisse sua inspiração inicial ao invés de seus erros posteriores.

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