A doença silenciosa | Boqnews

Opiniões

31 DE OUTUBRO DE 2019

A doença silenciosa

Por: Da Redação

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Muitas pessoas já passaram por um momento delicado quando tiveram a notícia de que um ente próximo foi diagnosticado com câncer. Eu mesmo já passei por essa situação em minha família há pouco tempo e posso dizer como é difícil receber esse primeiro diagnóstico.

Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células, que invadem tecidos e órgãos. Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores, que podem espalhar-se para outras regiões do corpo.

Os diferentes tipos de câncer correspondem aos vários tipos de células do corpo. Quando começam em tecidos epiteliais, como pele ou mucosas, são denominados carcinomas. Se o ponto de partida são os tecidos conjuntivos, como osso, músculo ou cartilagem, são chamados sarcomas.

Esperança

Nas décadas de 1980 e 1990, um mal pouco conhecido passou a assombrar o mundo e intrigar os cientistas: a Aids. Três décadas depois do surto inicial, as perspectivas de vida de um portador do vírus do HIV são bem diferentes, dada a eficiência dos coquetéis antirretrovirais, fazendo com que o índice de mortalidade caísse no Brasil mais de 42% nos últimos 20 anos. Hoje, a doença que mais assusta os brasileiros não é mais a Aids – e sim o câncer.

Segundo pesquisa do instituto Datafolha, esse é o diagnóstico que 76% das pessoas mais temem ouvir – é visto por elas praticamente como uma “sentença de morte”. Só entre o ano passado e o atual, a estimativa era de que 600 mil novos casos surgissem no Brasil.

Esse mês uma grande notícia foi a do brasileiro com câncer terminal ter apresentado melhora após tratamento inovador. Um tratamento feito com células reprogramadas do próprio paciente foi testado pela primeira vez na América Latina por pesquisadores do Centro de Terapia Celular (CTC) da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto.

 

Esperança II

Conhecida como terapia de células CAR-T, a técnica foi usada para tratar um caso avançado de linfoma difuso de grandes células B – o tipo mais comum de linfoma não Hodgkin, doença que afeta as células do sistema linfático. O paciente, de 63 anos, já havia sido submetido sem sucesso a várias linhas diferentes de quimioterapia desde 2017. A expectativa de sobrevida desse paciente era menor que um ano.

O poder público pode muito melhorar a situação de pacientes dessa doença silenciosa que mata milhares de pessoas. Investir para avançar em pesquisas científicas é primordial para estimular o conhecimento e a inovação em várias áreas.

Outra boa notícia é que o Senado aprovou recentemente um projeto que obriga o Sistema Único de Saúde (SUS) a realizar exames em 30 dias para diagnóstico de câncer. Esperamos que isso se concretize. Milhares de pessoas agradecem.

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