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Opiniões

14 DE ABRIL DE 2018

A eleição sem Lula

Por: Humberto Challoub

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Ao negar, por 6 votos a 5, a concessão de habeas corpus preventivo ao ex-presidente Lula, o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou a possibilidade de sua prisão e o consequente impedimento do registro de uma possível candidatura à Presidência, tendo em vista o enquadramento na Lei da Ficha Limpa.

Líder nas pesquisas de intenção de voto, a ausência de Lula no pleito marcado para outubro próximo criará um novo cenário de possibilidades a outras candidaturas, especialmente pela diminuição dos níveis de polarização e radicalização dos embates políticos até então prenunciados.

Nesse contexto, o novo cenário eleitoral que se configura propiciará o debate de questões fundamentais para o futuro da Nação, como as reformas política, tributária e da Previdência Social, que nos últimos pleitos ficaram à margem do processo.

Dos candidatos se espera muito mais do que simples cartas de intenções, mas a apresentação de planos de ações estruturados e balizados em garantias de viabilidade, de forma a conjugar os reais anseios da população com a efetiva capacidade de o País arcar com os investimentos para a realização dos projetos.

As experiências eleitorais realizadas até aqui impõem aos partidos – e aos respectivos candidatos – maior empenho na tradução das ideias a serem apresentadas durante o período eleitoral.

Discurso populista

Apesar de ainda encontrar eco em algumas faixas do eleitorado, especialmente as pertencentes às camadas mais pobres, o discurso populista aos poucos tem dado lugar ao entendimento de que os avanços e a properidade almejados para o Brasil não serão alcançados por milagres ou planos mirabolantes, pois servem somente para sustentar retóricas fáceis e superficiais.

Igualmente importante que o processo de debate político ora estabelecido se dê em um ambiente de proposituras, sem a utilização de estratégias que utilizam o denuncismo oportunista criado por dossiês forjados, acusações levianas e degeneração da imagem do opositor, que em nada contribuem para a solução dos principais problemas que afetam o povo brasileiro.

A história e o perfil da maioria dos que se anunciam como candidatos já são bem conhecidos, agora chegou a hora de saber de que forma eles pretendem colocar em prática o que vão prometer.

O quadro de mazela política configurado nas últimas décadas, onde proliferaram apenas os interesses particulares e dos segmentos que buscam dividendos econômicos às custas dos recursos públicos – por meio do estabelecimento de lobbies e do fomento à corrupção -, já é bastante conhecido e, por isso, não pode mais perdurar sob o risco de comprometer definitivamente o futuro do País.

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