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19 DE MARÇO DE 2010

Alô, alô, Telefônica!

Por: Fernando De Maria

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A espanhola Telefônica, sucessora da antiga Telesp, teima em permanecer em uma liderança nada honrosa: a empresa que mais recebeu reclamações por parte do público consumidor santista, um título negativo que a multinacional não se livra há anos.
Justamente na semana do consumidor, o Cidoc/Procon – Centro de Informação, Defesa e Orientação ao Consumidor de Santos divulgou a lista das empresas que mais receberem queixas por parte do público no ano passado. Ao todo, foram 405 companhias  reclamadas 20% a mais que no ano anterior. Somente a Telefônica ficou com 555 queixas de um total de 13.430 (4%  do montante)
Pela ordem, as demais do ranking foram a Net (107 queixas), Claro (91), Embratel (88), Nokia do Brasil (76), Hyundai Eletronics (63), LG (51), TIM e Vivo (ambas com 47) e Sony Ericsson (37).


Todas, portanto, bem distantes da líder em reclamações.
O maior exemplo da explosão de queixas em relação à Telefônica pode ser medido pelos números. Em 2008, a empresa recebeu 130 notificações. Portanto, no ano passado, o número quadruplicou. Na verdade, a Telefônica enfrentou problemas, especialmente em relação ao Speedy, produto de banda larga, seu calcanhar-de-aquiles, entre outros serviços questionados. A situação chegou a tal ponto que a empresa foi proibida de comercializá-lo até resolver o imbróglio, provocado, inclusive, por panes sucessivas na rede, afetando milhares de pessoas. Isto abriu espaço para os concorrentes que ganharam fôlego e conquistaram mercado, especialmente quanto à banda larga e TV por assinatura.
O levantamento do Cidoc também revela que a área de prestação de serviços (telefonia, bancos, mão de obra) lidera, como um todo, o total de queixas, com 41,25% do total das questionamentos, seguido pelos setores de produtos e  financeiro.
Assim como houve um crescimento no número de empresas reclamadas, o mesmo ocorreu em relação ao total de conciliações, que praticamente dobraram, passando de 1049 em 2008 para 2021 em 2009.


Sinal que as empresas começam a olhar com mais atenção o consumidor. No total de reclamações resolvidas, o crescimento percentual foi apenas ligeiramente superior ao de 2008 (53%  contra 51%).
Um dado local interessante é a origem residencial do cidadão. Pela ordem, os maiores ‘reclamões’ moram na Aparecida (com 10,7% do total), seguido pela Ponta da Praia, Gonzaga, Campo Grande e Boqueirão.
Chama a atenção a ausência de bairros de áreas mais periféricas, onde a procura pelos serviços de direito ao consumidor é pequena. O Cidoc já está atento a isto e promoverá ações voltadas para os moradores desta região da Cidade.

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