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12 DE DEZEMBRO DE 2013

Bola dentro

Por: Fernando De Maria

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Entre críticas e elogios, obras inacabadas, valores superfaturados e promessas de investimentos em mobilidade urbana não cumpridas em sua totalidade, é indiscutível  não perceber que o País já vive a contagem regressiva para abrigar a Copa do Mundo, cuja estreia ocorre em 12 de junho do próximo ano. Mesmo quem não gosta de futebol será influenciado pelo maior evento esportivo mundial.
Neste cenário, a Baixada Santista, em especial Santos, tem tudo para se beneficiar do torneio em razão das suas peculiaridades e, se souber trabalhar bem, poderá recolher frutos positivos no futuro.
Logo após a definição das chaves, México e, na sequência, a Costa Rica confirmaram a vinda  das respectivas delegações. Pelo menos 300 mexicanos  ficarão hospedados na Cidade, entre jornalistas, comissão técnica, jogadores e familiares, além de 4.350 torcedores trazidos pela agência Mundomex. A expectativa é que a Cidade receba, ao todo, 10 mil turistas mexicanos. Já a Costa Rica deverá trazer entre 3 a 5 mil, ampliando ainda mais o volume de estrangeiros.
Neste cenário, Santos será uma das poucas cidades que não sediarão jogos da Copa a abrigar duas seleções simultaneamente. Um feito que deve ser creditado ao Poder Público municipal e aos personagens que vislumbraram a potencialidade da Cidade logo após o Brasil ter sido escolhido como sede da Copa, em outubro de 2007.
Alguns céticos poderão alegar que as duas seleções aqui hospedadas estão longe de  serem potências, como Alemanha, Inglaterra, Espanha, Argentina ou Itália, o que é verdade. Mas não pode se desconsiderar o poder midiático que ambas terão. 
A seleção do México, por exemplo, está na mesma chave do Brasil, o que atrairá naturalmente a Imprensa  mundial para a Cidade. Já a Costa Rica caiu justamente no grupo da morte, ao lado de Itália, Uruguai e Inglaterra. Ou seja, a seleção ‘patinho feio’ é séria candidata a cair nas graças dos brasileiros.
Não bastasse, Santos dispõe de um equipamento (oxalá, esteja realmente pronto até maio, como prometido) único: o Museu Pelé, cujas obras andam a passos de tartaruga, mas, com a esperada injeção de recursos públicos em tempo hábil, é possível a finalização da obra. Além disso, não se pode esquecer da mítica Vila Belmiro, um dos principais templos mundiais do futebol. Cenários que só Santos tem.
Portanto, corremos contra o tempo para se preparar bem na recepção dos turistas. As obras do realinhamento do Outeirinhos, onde atracarão os transatlânticos, não estarão prontas a tempo, precisando de adaptações no local para o recebimento dos turistas. Além disso, nossa rede hoteleira, apesar dos novos empreendimentos, não contará com volume adicional  significativo de leitos até lá. Com isso, as demais cidades da região, como Guarujá e São Vicente, poderão se beneficiar.
Caberá ao Poder Público, com apoio do comércio e do empresariado, criar um clima positivo para recepção aos turistas, aprimorando a mão-de-obra com conhecimentos básicos de espanhol, enfeitando as ruas e lojas, além de garantir segurança a todos. Afinal, uma imagem positiva hoje será capaz de gerar bons frutos e negócios amanhã.

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