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02 DE JULHO DE 2019

Cacilda e o teatro paulista

Por: Da Redação

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Os períodos em que Cacilda Becker e Renata Pallotini ocuparam a Presidência da Comissão Estadual de Teatro foram tempos de conquistas para os amadores teatrais paulistas. Vários avanços foram registrados, que contribuíram para que o movimento federativo paulista, se firmasse como um dos maiores eventos da cultura brasileira. Entre essas conquistas, uma delas foi estender as bolsas de estudo para os amadores premiados, para outros cursos que não os de arte dramática.

Com isso, vários companheiros puderam cursar Arquitetura, Direito, Filosofia, e outros mais, inclusive no exterior. A Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de Santos, recebeu alguns desses amadores, entre os quais cito José Roberto Arduim, Malu Pessin, Lenimar Rios e José Carlos Serroni. Este último, considerado hoje como o melhor cenógrafo do teatro brasileiro. Muitos de Santos cursaram a Escola de Arte Dramática da USP, entre eles, Wilson Geraldo, Carlos Alberto Sofredini e Walter Rodrigues.

Foi um período em que também se acentuaram as construções de teatros municipais, em várias cidades, construções essas custeadas pelo Estado. Entre as cidades que conquistaram esses próprios teatrais estão: São Carlos, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto, Sertãozinho e Franca. Santos também se beneficiou ao receber os R$ 5 milhões para a finalização do Centro de Cultura Patricia Galvão. Na oportunidade, o Serviço Nacional de Teatro, comandado por Orlando Miranda, destinou verbas para os teatros de Franca e Santos. Em Bauru, foi construído o Vitória Régia, um teatro ao ar livre, bem como em Guarujá, por meio de seu prefeito Jayme Daige, conseguiu recursos estaduais, já no Governo de Paulo Maluf, para as obras de edificação do Teatro Procópio Ferreira.

É desse período também a construção das Casas de Cultura em algumas cidades do interior paulista, que em muito contribuíram para o avanço cultural do nosso Estado. Nada disso seria possível sem a participação de Cacilda e Renata, que contavam com apoio irrestrito do governador Abreu Sodré. É preciso ressaltar a contribuição do companheiro Hamilton Saraiva, autor da elaboração de vários itens legislativos, que propiciou um trabalho de construção inigualável no panorama da cultura brasileira.

Infelizmente, todo esse trabalho foi sucateado na oportunidade em que a COTAESP, órgão máximo das Federações, caiu em mãos erradas, que detonaram todo o trabalho de anos, em função da falta de conhecimento e até em atos que considero desonestos. Com isso, o teatro amador paulista de hoje sofre as consequências desses desatinos (…).

Para finalizar, minhas homenagens a Machado de Assis, que o seu nascimento está completando a marca de 180 anos. Sua obra dispensa comentários e vários de seus textos, tem sido encenados em todo o Brasil, com grande sucesso. Ainda recentemente, o Teatro da Casa Velha, de São Carlos, pelas mãos de Getulio Alho e Angelo Bonicelli, nos presentearam com as montagens de A Sereníssima República e Diálogo de um Par de Botas, uma adaptação de dois textos curtos dessa grande figura da literatura brasileira.

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