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Opiniões

16 DE FEVEREIRO DE 2012

Campus do saber

Por: Fernando De Maria

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Ainda que de forma parcialmente incompleta e necessidade de conclusão de alguns serviços, como o refeitório e instalação de elevadores – objeto de manifestações de alunos -, a inauguração do novo campus da Unifesp – Universidade Federal de São Paulo, na Vila Mathias, junto à Avenida Perimetral no porto, representa uma nova realidade do conhecimento na região, um verdadeiro marco na história do ensino superior da Baixada Santista.


Sonho acalentado por muitos educadores e políticos, como os ex-deputados Mariângela Duarte e Rubens Lara, e que demorou décadas para se tornar real, o campus da Unifesp é um reconhecimento – mesmo que tardio – do Governo Federal para uma região que fora alijada durante décadas do processo de ter sua própria universidade pública, fundamental para a difusão do saber e, principalmente, da realização de pesquisas, um dos pilares de uma universidade, área onde há o predomínio das instituições públicas.


São Carlos, com a UfSCar, se tornou um dos principais pólos tecnológicos do País, em decorrência da sua universidade federal. Situação semelhante também ocorre em relação ao Governo do Estado, que demorou anos para a instalação de um campus da Unesp, em São Vicente, ainda nos anos 90, e só agora (após uma tentativa sem sucesso em Cubatão também nos anos 90) trouxe o campus da USP para Santos. Prova, portanto, o quanto a região foi esquecida pelas autoridades federais e estaduais, reforçando ainda mais a importância da inauguração da sede própria da Unifesp.


Com 20 mil metros quadrados de área construída, o primeiro prédio próprio da universidade abrigará os 1.200 estudantes  que já cursam os cursos de Educação Física, Nutrição, Psicologia, Serviço Social, entre outros, além dos da pós-graduação.


Deve-se ressaltar também o empenho do prefeito João Paulo Papa que bancou a manutenção da unidade da Ponta da Praia para a criação do Centro de Ciências do Mar, com 200 vagas para bacharelado de Ciências do Mar (BiCTMar), com ênfase nas áreas de Ecologia Marinha, Oceanografia, Engenharia de Pesca e Aquicultura, Engenharia Ambiental Portuária, Engenharia de Petróleo e Energias Renováveis. Os alunos cursarão três anos e, se quiserem, com mais dois anos estudando em outros cursos da instituição, obterão o reconhecimento da profissionalização.


Não bastasse, a prefeitura cederá dois terrenos  do antigo Colégio Docas para futura expansão do campus, eliminando riscos de desapropriação no entorno e abrindo espaço para o crescimento da universidade, cuja presença em uma região hoje degradada (a Fatec, conforme garantia do Governo do Estado, também se mudará para a Hospedaria dos Imigrantes) tem tudo para se transformar em um novo pólo econômico da Cidade, atraindo novos empreendimentos, comércios e serviços. E tendo o saber como o carro-chefe para alterar a paisagem local.

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