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17 DE JUNHO DE 2011

Colombo não tem culpa

Por: admin

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Com o descobrimento das Américas, açúcar, milho, batata, tomate e tabaco, até então desconhecidos, foram levados para a Europa à época faminta, pobre e desnutrida. A dieta de seus habitantes se restringia a pão, carne de ovelhas, leite, queijos, saladas e muito vinho artesanal – até porque água era risco para a saúde.


Em torno do século XVIII, aprimoraram-se as técnicas de agricultura explodindo as culturas de grãos, tomates e milho, fazendo com que o europeu passasse a ingerir muito mais carboidrato – oriundos das batatas e milho – e muito açúcar das Américas. Tudo isso, sem falar na expansão do tabaco.


Com o progredir da Revolução Francesa e com aprimoramento industrial inglês, as pessoas passaram a andar menos e comer maior volume de comida – muitas vezes rica em calorias. Cavalos, troles, charretes são trocados por bondes, trens e carros. O mundo progride, o caixeiro-viajante é substituído por Peg-Pags, supermercados e finalmente compras pela web. Tudo fica rápido, fácil e lucrativo.


Andamos menos e gradualmente nossa musculatura, com o passar dos séculos, foi se hipotrofiando. Resultado: pessoas obesas, barrigudas, braços e pernas finas e muito estressadas. Com menos musculatura, passamos a ter menos receptores para receber as moléculas de glicose vindas desta farta alimentação hipercalórica. Estas, por sua vez, não entrando no interior da musculatura – “queima do açúcar”- exigirão que seu pâncreas aumente a descarga de moléculas de insulina. A persistência desta situação desembocará num diabetes com suas conseqüências deletérias.


Cabe ao Serviço Público de Saúde, em todas as esferas, adotar medidas de incentivo ao combate e reversão desta situação metabólica nefasta. São necessárias políticas públicas com intervenções na mídia orientando a população a consumir menos açúcar e carboidratos e exercitar-se trezentos minutos por semana. Além, é claro, de campanhas de combate ao fumo nas escolas e UBSs (policlínicas) acolhedoras e bem equipadas no combate a este mal invisível.


Resumindo, o fato é que excesso de açúcar e carboidratos não se justifica em indivíduos de vida sedentária, em pessoas com carga genética importante, ou em grupos de risco, como fumantes e etilistas crônicos. Portanto, caro leitor, não ponha a culpa no Colombo: mexa-se e mude seu estilo de vida!

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