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Opiniões

30 DE JULHO DE 2018

Priorizar combate à pobreza

Por: Humberto Challoub

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Com o agravamento da crise econômica e a tendência cada vez mais acentuada de redução da oferta de empregos formais, o combate à pobreza extrema no País se impõe como tema prioritário nos debates que deverão nortear as candidaturas à Presidência da República.

Realidade secular que produziu o abismo social que hoje caracteriza a sociedade brasileira, as ações concretas adotadas para reverter esse quadro até agora se revelaram tímidas diante do grande desafio estabelecido.

Os programas para a erradicação da pobreza tentaram, sem êxito, integrar ações dirigidas a salvaguardar condições mínimas de sobrevivência e incentivos à geração de empregos e qualificação profissional.

Os poucos avanços nas áreas sociais conquistados nas últimas décadas derivaram quase que exclusivamente da implementação de programas assistencialistas, como o Bolsa-Família, que permitiu a inclusão no mercado de consumo de produtos básicos milhares de famílias que viviam em níveis de miserabilidade extrema.

Contudo, poucas iniciativas foram adotadas visando criar mecanismos definitivos de valorização da capacidade produtiva desse grande contingente populacional que ainda vive em condições precárias.

Nesse sentido, é de esperar dos candidatos menos retórica e mais empenho na formulação de políticas dirigidas à criação de frentes de trabalho para o aproveitamento desses assistidos, especialmente em áreas que não exigem níveis elevados de especialização da mão-de-obra.

Enfatizar, neste momento, a geração de renda por meio da ocupação de trabalhadores em projetos voltados à melhoria das condições de vida da população, como habitação, saneamento e infraestrutura urbana, é de fundamental importância e, por isso, deve ser estar entre as principais prioridades do futuro Governo.

 

Iniciativa privada no combate à pobreza

Da mesma forma, torna-se relevante a criação de estímulos à iniciativa privada, especialmente com medidas que visem desonerar custos trabalhistas, para ampliar o número de vagas nos mais diversos segmentos da atividade produtiva.

Propiciar o aumento das oportunidades no mercado de trabalho resultará no fortalecimento da economia interna e, como consequência, na redução da grande distância que separa os poucos ricos dos muitos pobres brasileiros.

Igualmente fundamental estreitar as parcerias com estados e, sobretudo, com os municípios, propiciando conhecer melhor as demandas e realidades das comunidades a serem atendidas, inúmeras famílias que desejam menos complacência e mais dignidade.

Já não há mais espaço para retóricas populistas e às prosopopéias que habitualmente permeiam os discursos políticos. Convém aos candidatos perceberem isso.

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