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22 DE DEZEMBRO DE 2022

Cooperação para a sustentabilidade do cerrado brasileiro

Por: Da Redação

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O Cerrado é o segundo maior bioma do Brasil, ocupa área de 204 milhões de hectares e abriga cerca de 5% de toda a diversidade do planeta, de acordo com a Embrapa Cerrados.

Apesar desta riqueza, há algumas décadas a agricultura não progredia ali, em razão do solo não ter nutrientes favoráveis para o desenvolvimento das plantas agrícolas.

Mas, o cenário se transformou após a criação de tecnologias que possibilitaram o desenvolvimento da agricultura nesta região.

De um passado onde o solo foi considerado “pobre” para a agricultura, para um presente de protagonismo na produção de soja, milho e algodão, importantes commodities agrícolas que ocupam destaque na balança comercial do país.

Essa mudança foi possível graças ao regime de chuvas regulares no verão que beneficiam o Cerrado, e a percepção e persistência de inúmeros produtores rurais e agrônomos que implantaram a correção do solo alinhada ao sistema do plantio direto.

Desde então, o Cerrado viu a produção agrícola desabrochar com grande intensidade, tornando- se a joia brasileira em termos de produção agrícola.

Os expressivos números no volume de produção de soja, milho e algodão mostram a solidez e a constante evolução do sistema do plantio nesta região.

Na safra 21/22 o país produziu 271,4 milhões de toneladas de grãos, sendo o Cerrado responsável por pouco mais da metade, cerca de 136,1 milhões de toneladas saíram das plantações que estão nesta área, de acordo com dados da Conab – Companhia Nacional de Abastecimento, mostrando que a produção nacional atravessou uma transformação tecnológica, conquistando produtividade em linha com as práticas da sustentabilidade, colocando o Brasil em patamares de liderança. Isso não é pouca coisa!

Neste momento tão importante, em que líderes mundiais discutem na COP27 – Conferência das Partes da ONU – medidas na direção das práticas de sustentabilidade e prol da segurança alimentar dos povos, onde a palavra de ordem é a “cooperação”, não poderia deixar de apontar os movimentos que estão acontecendo neste sentido no coração desta importante região do país.

A cooperação é o espírito mestre que norteia o Projeto Semear da FMC, que tem como parceiros a APROSOJA – Associação dos Produtores de Soja, o Instituto de Pesquisa do Maranhão, além de associações e universidades.

Um programa de sustentabilidade que tem por objetivo promover soluções para a conservação da biodiversidade das regiões do Brasil como o Cerrado, por exemplo.

Implantado em janeiro de 2022, o Projeto SEMEAR nasceu com a meta de plantar 500 mil árvores nativas no primeiro ano, sendo a FMC a patrocinadora da construção e manutenção do projeto.

A meta é atingir o plantio de 8 milhões de árvores nativas em oito anos na região do Cerrado, em áreas de preservação ambiental nas propriedades que antes eram usadas para plantar soja.

Um projeto ambicioso que tem no cerne a “cooperação” entre todos para progredir e alcançar o resultado proposto.

Um gesto que já mudou tudo. Um gesto que uniu poder privado, entidades e produtores rurais, onde já percebemos de cara que ao sermos cooperativos, além de termos mais força, sentimos a alegria em podermos contribuir para a prosperidade da agricultura do Brasil.

Por toda esta história, tenho muito orgulho de fazer parte deste projeto com esses grandiosos parceiros, estar ao lado dos produtores rurais na construção para mais este importante passo rumo a valorização da agricultura no Cerrado brasileiro.

Tenho certeza de que juntos iremos construir uma estrada de grande aprendizado nos próximos anos.

Maria de Lourdes Fustaino é diretora de Sustentabilidade e Negócios da indústria Latam da FMC

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