Desafios aos eleitos – parte I | Boqnews

Opiniões

07 DE JANEIRO DE 2011

Desafios aos eleitos – parte I

Por: Fernando De Maria

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Passada a euforia das festas de final de ano e do recebimento das tradicionais contas que insistem em chegar pelos Correios, como os carnês de IPTU e do IPVA, além do ‘salgado’ valor da fatura do cartão de crédito, fruto das compras natalinas, tudo começa a voltar à normalidade. Ou quase, diriam alguns.


Na esfera política, a nova década inicia com mudanças no xadrez do poder, decorrente da posse de governadores e da presidente Dilma Rousseff, que já enfrenta os primeiros turbilhões em seu governo por parte da disputa de cargos entre o PT e o PMDB, que ficará à sombra do partido da estrela vermelha, como mostram as primeiras decisões presidenciais.


Em âmbito federal, Dilma Rousseff sabe que a Baixada Santista localiza-se em São Paulo (e não no Rio de Janeiro, como ela chegou a comentar durante entrevista ao Jornal Nacional), e tem importância ímpar na economia.


As instalações das torres da Petrobras, cujas obras iniciarão este ano; a expansão do Porto de Santos – responsável em 1/4 da movimentação de cargas portuárias  -; e o aprofundamento de negócios relacionados ao pré-sal – sem contar na força das indústrias do pólo de Cubatão e do turismo – são elementos que tornam a Região Metropolitana estratégica para o desenvolvimento do Brasil.


Para tanto, esperam-se que os projetos habitacionais previstos no programa Minha Casa, Minha Vida sejam ampliados de forma que o déficit habitacional, que atinge em especial Guarujá, São Vicente e Santos, ganhe ênfase para alterar a vida de milhares de pessoas que ainda se abrigam em palafitas, cortiços ou barracos nos morros, correndo o risco de perderem suas vidas e bens a cada chuva mais forte que cai.


Além disso, torcemos que o novo secretário dos portos, Leônidas Cristino, prefeito de Sobral, no interior cearense, tenha habilidade e competência para lidar com uma pasta tão importante. Afinal, o maior porto da América Latina merece uma atenção especial em razão da sua importância para a economia nacional. Que a escolha tenha sido sábia e técnica e não política, como se comenta. Oremos, portanto.


Por sua vez, não se antevê uma força significativa dos deputados eleitos em relação ao governo Dilma. Beto Mansur (PP), apesar de ser da base aliada, nunca nutriu amores pelo PT. Alberto Mourão, quinto suplente que volta à Câmara, é do PSDB, principal partido de oposição. 


A despeito de ser de um partido aliado (PCdoB), Protógenes Queiroz é um neófito na política e tem pouca representatividade regional. Restaria como porta-voz o deputado Márcio França, líder paulista do PSB, mas que resolveu tucanar na última hora e virou secretário de Turismo do governo Alckmin. Fatos da política.


Na próxima coluna, a segunda parte deste panorama focado na relação entre a região e o (novo?) governo paulista.

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