Desafios aos novos governos | Boqnews
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Opiniões

27 DE SETEMBRO DE 2018

Desafios aos novos governos

Por: Humberto Challoub

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Seja qual for o candidato escolhido para conduzir o País e os estados nos próximos quatro anos, muitos serão os desafios para a retomada do desenvolvimento econômico e social.

Há muito se sabe das carências e deficiências brasileiras que dificultam os avanços em vários setores, itens que nunca mereceram por parte dos últimos governos tratamento prioritário pela relevância e importância estratégica que têm, especialmente nas áreas de infraestrutura, inovação e educação.

A incapacidade no reconhecimento internacional de marcas também figura entre os principais desafios que o País precisa enfrentar para crescer de maneira consistente e sustentável afim de alcançar taxas de crescimento acima de 5% ao ano por um longo período.

Os obstáculos operacionais para consolidar e acelerar o ritmo de crescimento do País são muitos.

Os baixos padrões e altos preços (custo Brasil) da infraestrutura, motivados por um sistema de transporte rodoviário custoso, de uma malha ferroviária pequena, de portos e aeroportos congestionados e de um potencial hidroviário inexplorado se somam à preocupação de empresários e investidores com o não cumprimento de contratos firmados e com a corrupção nas autarquias públicas.

Também a falta de mão de obra qualificada para preencher vagas cruciais nas empresas e a ausência de políticas consistentes de fomento à pesquisa e ao desenvolvimento de novas tecnologias, com a aproximação entre empresas e universidades são fatores impeditivos à ampliação da capacidade de geração de renda no País.

Existe ainda o interesse crescente pelo potencial nacional no exterior, principalmente pelas perspectivas futuras que o Brasil apresenta. Afinal, um país de renda média com uma população superior a 210 milhões de habitantes, é visto como um dos mercados mais atraentes do mundo, especialmente para a recuperação de empresas que tiveram produções estagnadas pelas recentes crises que atingiram a Europa e Estados Unidos.

Importante reconhecer que as dificuldades enfrentadas pelo País em vários setores são bastante conhecidas pelo empresariado brasileiro, que há muito reclama a adoção de um plano de metas factível visando a superação dos obstáculos para acelerar o crescimento econômico.

Neste sentido, é de se esperar que os candidatos à Presidência e governos estaduais estabeleçam seus planos integrados e balizados em projetos voltados a eliminar as carências conhecidas, de forma a favorecer o estabelecimento de um ciclo perene de desenvolvimento capaz de contribuir para a redução das grandes diferenças sociais que ainda condenam boa parte da população à pobreza extrema.

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