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Opiniões

08 DE ABRIL DE 2019

Em busca de novos mercados

Por: Humberto Challoub

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Mesmo tendo registrado um aumento de 10% no volume total de exportações em 2018, em comparação ao ano anterior, relatório anual divulgado esta semana pela Organização Mundial do Comércio (OMC) apontou que o Brasil caiu da 26ª posição para o 27º lugar entre os maiores exportadores do mundo, revelando a necessidade de o País diversificar a relação de produtos oferecidos no mercado internacional e, sobretudo, criar sistemas facilitadores para ampliar negócios com outros países e blocos comerciais.

Neste sentido, age corretamente o atual Governo Federal em desprezar viéses políticos-ideológicos nas relações bilaterais visando intensificar estratégicas para ampliar as vendas de produtos brasileiros no exterior, especialmente quando se constata o atual momento de redução de investimentos e queda nos níveis de consumo interno, ainda incipientes para garantir a imunidade do Brasil em relação ao mercado financeiro internacional e assegurar os recursos necessários para os projetos estruturantes dirigidos à retomada do desenvolvimento econômico e social.

Tendo a agropecuária e a produção mineral como principais produtos de exportação, o Brasil sempre estará sensível às variações que afetam os principais mercados consumidores mundiais, com a consequente queda nas demandas por matérias-primas e insumos básicos.

Turbulências oriundas dos sistemas financeiros de países europeus e Estados Unidos, bem como a redução do ritmo de crescimento da China, têm servido como alerta para a necessidade de o País estabelecer novas rotas de comércio para reduzir, de forma gradativa e contínua, a indesejável dependência com esses mercados.

O mundo que se preconiza globalizado está aberto às oportunidades e impõem novos sistemas de integração comercial entre as nações, alicerçados na ideia de que, ao invés de distribuir prejuízos da especulação financeira, são as riquezas produzidas pelo trabalho que devem ser compartilhadas em benefício de todos.

Mais do que liderar comitivas em busca de parcerias que possam render dividendos às exportações brasileiras, o presidente Bolsonaro deve igualmente dedicar atenção às políticas de incentivo à produção de produtos que agregam valor à indústria nacional e possam concorrer, em igualdade de condições, nos competitivos mercados internacionais.

Da mesma forma, ele deve se ocupar na melhoria da infraestrutura logística oferecida aos exportadores brasileiros, obrigados a incorporar ao preço de suas mercadoriais os custos da ineficiência verificada no armazenamento, transporte e escoamento da riqueza nacional.

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