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Opiniões

03 DE NOVEMBRO DE 2014

Ênfase ao diálogo

Por: Humberto Challoub

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Reconduzida ao cargo para dirigir os destinos do País nos próximos quatro anos, a presidenta reeleita, Dilma Rousseff, terá pela frente importantes desafios, especialmente na área econômica, setor vital para manter os benefícios sociais que lhe asseguraram a maioria dos votos entre as camadas mais pobres da população. O prenúncio do primeiro grande obstáculo a ser superado já se configura na escolha da equipe econômica de seu novo governo, que estará obrigada a conduzir com austeridade os gastos públicos a partir da implementação de novos conceitos para o sistema tributário nacional, sem o que dificilmente será possível atender as demandas da população.

A configuração de forças políticas definidas a partir do resultado das urnas também obrigará a presidenta reeleita a abrir diálogo e a conceder espaços a novas correntes de pensamento, a partir do estabelecimento de relações colaborativas com todos os segmentos da sociedade brasileira, sem exceção, mesmo os representados ou identificados com os setores oposicionistas. Somente com maturidade política e o entendimento com as partes envolvidas possibilitará alcançar os avanços preconizados para o Brasil.

As mudanças na economia não poderão ser feitas de forma impositiva, uma vez que todos terão que contribuir com parcelas de sacrifício. Há muito já se sabe que somente com a desoneração dos setores produtivos e a redução da carga incidente sobre os trabalhadores será possível ampliar e fortalecer o mercado de consumo interno, para reduzir, ao máximo, as influências negativas produzidas por crises externas, que ainda tornam suscetíveis importantes setores da economia nacional.

Nesse contexto, também torna-se fundamental o investimento contínuo no estímulo à pesquisa de novas tecnologias, especialmente às dirigidas à agricultura e à pecuária, para a consolidação de métodos produtivos sustentáveis que incluam a participação das pequenas unidades familiares e elevem a qualidade das mercadorias oferecidas. A conquista da autonomia no campo alimentar, com o consequente aumento da oferta e redução nos preços dos produtos, representará uma importante estratégia para elevar as condições de vida das famílias brasileiras.

Igualmente revelante a disposição da presidenta Dilma de ampliar a atenção à educação. Mais do que quitar uma dívida social com a população brasileira, o investimento maciço em projetos dirigidos ao setor denotam a única estratégia capaz de garantir um futuro de crescimento econômico sustentável, por meio da formação de gerações preparadas para os novos desafios tecnológicos e dotadas com a capacidade de entender, cumprir deveres e exigir os plenos direitos de cidadania.

Mais do que nunca, é preciso estimular uma maior participação da sociedade civil no acompanhamento e execução das ações prometidas pela presidenta para seu futuro mandato, com a proposta de fiscalizar e contribuir para a união de esforços visando a solução dos principais problemas brasileiros. Afinal, um País justo e unido é o que interesa a todos, sem distinção.

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