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Opiniões

25 DE SETEMBRO DE 2016

Escolher com critério

Por: Humberto Challoub

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Tem início a semana derradeira para os candidatos a prefeito e vereador disputarem os votos dos eleitores indecisos. Tudo leva a crer que as restrições impostas pela Justiça Eleitoral para a realização de propaganda e o impedimento de doações empresariais, que passaram a vigorar este ano, terão forte influência no resultado das urnas, uma vez que é notória a dificuldade que a maioria das candidaturas está enfrentando para se comunicar com o eleitorado.

Com isso, candidatos que buscam a renovação de seus respectivos mandatos levam reconhecida vantagem, quer pela possibilidade de utilização da estrutura disponível inerente ao cargo que ocupam, quer pela possibilidade de cobrar agora de seus redutos eleitorais os favores prestados no exercício da função pública. Diante dessa nova realidade imposta pela legislação eleitoral, há a previsão de que ocorram poucas mudanças no cenário político municipal, exceção feita ao preenchimento dos cargos dos que optaram por desistir da vida pública ou dos que não podem pleitear uma nova reeleição.

Nesse sentido, mais do que nunca torna-se fundamental uma maior participação do eleitor no processo de escolha dos candidatos, ampliando o interesse sobre as propostas apresentadas e, sobretudo, avaliando com critério os currículos dos pleiteantes aos cargos públicos. Da mesma forma,é importante, em se tratando dos candidatos que buscam a reeleição, conhecer o histórico de trabalho de cada um, de forma a avaliar se os resultados alcançados são condizentes com os compromissos assumidos anteriormente.

Apesar do curto período que ainda resta até a votação, no próximo domingo, é possível delinear o real perfil dos candidatos, a coerência de seus discursos, a consistência ideológica, suas biografias e a capacidade de cada um na apresentação de soluções viáveis para o enfrentamento dos principais problemas que afetam as cidades, especialmente no tocante às questões sociais. É mais do que hora de nossos representantes agirem com responsabilidade para recuperar as condições econômicas mínimas visando reverter o quadro de dificuldades que afeta grande parte da população.

Mais do que a preservação dos valores de probidade e responsabilidade, o momento político e social vivido pelo País exige que os poderes públicos deem o exemplo de austeridade e respeito aos compromissos assumidos, postura que também deve ser compartilhada pelos eleitores no momento do voto. A personificação das candidaturas favorece o surgimento de falsas lideranças e concentra nas mãos de poucos as decisões de relevância para a sociedade. Nesse contexto, ao eleitor cabe o entendimento de que o exercício de cidadania sobrepõe o simples ato de comparecimento às urnas. O papel de agente participativo e fiscalizador deve ser cumprido de forma efetiva e contínua. O desinteresse e a omissão tornam férteis os espaços para a proliferação da corrupção e perpetuam a existência dos maus políticos, tornando mais distantes as soluções dos principais problemas enfrentados pela coletividade.

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