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15 DE AGOSTO DE 2013

Espaço ao saber

Por: Fernando De Maria

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Ao longo dos anos, os alicerces econômicos de Santos, que se refletem em toda a região, foram baseados no binômio porto-turismo, sem deixar de lado outros segmentos importantes que acabaram ganhando projeção, como a construção civil e os setores de comércio e prestação de serviços, responsáveis por expressiva arrecadação nos impostos municipais.
Uma outra vertente, ainda pouco explorada, mas de elevado potencial, é a universitária. Com uma matriz de nível superior basicamente privada, o cenário vem ganhando novos ares ao longo dos últimos anos. Mesmo assim, ainda estamos distantes da participação acadêmica na economia em comparação a outras cidades que cresceram em razão das universidades, como Campinas e São Carlos.
Além das instituições privadas, que têm um importante papel social, é importante destacar a presença crescente das universidades públicas, ainda que de forma tardia, na região, seja por meio da Fatec, presente desde o final dos anos 80 e que aguarda a recuperação necessária da Hospedaria dos Imigrantes –  hoje um retrato do abandono ao patrimônio público – para finalmente ser ampliada.
Paralelamente, São Vicente também dispõe de um campus da Unesp e somente neste século Santos ganhou dois novos polos de ensino público superior: o campus da Unifesp – Universidade Federal de São Paulo e o curso de Petróleo e Gás oferecido pela USP.
Com potencial de expansão, ambas instituições são de fundamental importância – ao lado das universidades privadas – para alavancar um novo cenário na economia regional, com o advento da cadeia de petróleo e gás e os anúncios da cessão da área pela prefeitura para a expansão do campus da USP em Santos, além do aproveitamento do armazém 8 no cais para apoio às embarcações oceanográficas da instituição. 
O novo imóvel a ser construído nos próximos anos ocupará uma área da antiga CSTC, na Vila Mathias, em um investimento de quase R$ 75 milhões bancados pela USP, incluindo a recuperação do secular colégio Cesário Bastos, onde alunos do curso de Petróleo & Gás estão  hoje instalados. Novos cursos serão implantados atendendo a um antigo desejo da instituição de se instalar na região.
Além disso, não se pode esquecer do já anunciado investimento pela Petrobras na construção e aquisição de equipamentos para o futuro Cenpeg-BS (Centro de Pesquisa Tecnológica em Petróleo e Gás da Baixada Santista), em um investimento de R$ 77 milhões, que ocupará parte do Cais Colégio Santista, onde será instalado o futuro Parque Tecnológico.
O cenário, portanto, é altamente positivo para sedimentar Santos e região como um dos mais importantes polos universitários do País de forma a atrair pesquisadores e estudantes. Para tanto, não bastam apenas investimentos em prédios, mas também no fomento em pesquisadores e estudos para atração de profissionais brasileiros e do exterior. 
Deve-se ter em mentem, porém, que os resultados só serão colhidos a longo prazo, o que nem sempre é compreendido por aqueles que desconhecem a importância de se investir em Ciência e Tecnologia.

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