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05 DE SETEMBRO DE 2013

Expansão demográfica

Por: Fernando De Maria

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O novo levantamento divulgado pelo IBGE no final do mês passado revela que a Região Metropolitana da Baixada Santista cresceu 4,3%. Em números, são mais 72.852 moradores no curto espaço de tempo de apenas um ano, conforme o estudo. 
Para se ter ideia, este incremento  é maior que a toda a população de cidades como Peruíbe, Mongaguá e Bertioga, por exemplo. A velocidade demográfica, porém, está distante das políticas públicas implementadas para atender as necessidades do cidadão. O tempo urge.
O crescimento populacional tem explicação direta com o perfil das cidades litorâneas. Além do próprio aumento demográfico, ainda que em ritmo menor que no passado, existe a natural migração de pessoas de outras localidades em busca de empregos  – ainda mais com a exposição na mídia sobre o pré-sal – e em decorrência da própria aposentadoria, sendo Praia Grande e Santos as preferidas do público que resolve morar no litoral paulista. 
Em Santos, por exemplo, 24% dos eleitores têm acima de 60 anos. Em Praia Grande, quase 20%, população que demanda uma atenção especial do setor público, algo que nem sempre é lembrado pelas autoridades.
Pelas suas características geográficas e econômicas, Santos se transformou na capital da Baixada Santista. Ao contrário das cidades vizinhas, seu crescimento populacional tem se mostrado tímido ao longo dos últimos levantamentos. Mesmo assim, ganhou 13.539 novos moradores neste período, segundo o IBGE, praticamente o mesmo que São Vicente, com uma população menor. 
O crescimento mais notável ocorre em Praia Grande: foram 15.577 moradores incorporados pelo município neste curto espaço de tempo. 
O desafio, porém, é criar condições  políticas públicas sérias para atender as demandas crescentes existentes na região, em razão dos investimentos no porto, nas indústrias, na cadeia de petróleo e gás, na construção civil, na prestação de serviços e em outras áreas econômicas, garantindo condições básicas para melhorar a mobilidade urbana, habitação, saúde, segurança, destinação do lixo e qualificação profissional, entre outros tópicos.
Com suas limitações orçamentárias, as prefeituras enfrentam dificuldades para atender tais demandas. Por exemplo, neste ritmo de crescimento em Praia Grande há necessidade constante de investimentos em novas escolas, mais segurança e infraestrutura pelos bairros.
Para tanto, o planejamento é fundamental. Isso já vem sendo feito especialmente pelo Governo do Estado. A questão central é que entre o estudo e sua concretização há um espaço de tempo acima do suportável. Existem entraves jurídicos, deve-se ressaltar, especialmente em relação às limitações ambientais. Mas também surgem propostas questionáveis.
Por isso, está mais do que na hora dos prefeitos se unirem em prol de lutas metropolitanas, deixando picuinhas e vaidades de lado. Unidos, ganham força junto às esferas estadual e federal em busca de recursos para projetos regionais diante da importância estratégica que a Baixada oferece para o Estado e União. Travamos uma verdadeira corrida contra o tempo e a realidade da expansão demográfica.

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