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Opiniões

02 DE SETEMBRO DE 2013

Frank e o Robô

Por: Da Redação

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Frente a frente, Frank e o seu amigo robô em um momento decisivo
Frente a frente, Frank e o seu amigo robô em um momento decisivo

Vivemos, já faz algum tempo, em paralelo com uma rápida
atualização tecnológica. Se antes o mercado levava uns cinco anos para
substituir, de forma significativa, um aparelho celular ou um computador, hoje
isso acontece, de forma calculada, semestralmente. Com isso, toda uma nova
cultura de interação e socialização começa a ser formada por nós, pessoas que
consomem e utilizam esses mecanismos inovadores.

No filme de estreia do diretor Jake Schreier, os dois filhos
do protagonista Frank (Frank Langella), Hunter (James Marsden) e Madison (Liv
Tyler), se distinguem, inicialmente, pelas opiniões relacionadas a essa cultura
quando Hunter decide comprar um robô doméstico pra cuidar do pai, um homem velho
com doença de Alzheimer e especialista aposentado em realizar roubos de joias.
A ausência da prática por causa da idade acaba desenvolvendo nele o distúrbio
da cleptomania.

Num futuro não muito distante, o que conduz o drama é o
desenvolvimento dos sentimentos de amizade e cumplicidade entre Frank e o robô
sem nome, que se rende à incrível negociação humana para concretizar trocas de
favores que lhe sejam favoráveis. De um lado, o velho volta a praticar os
velhos roubos. Do outro, o auxiliar robótico cumpre o seu ofício, que é o de
melhorar a saúde do idoso.

A informatização radical de uma biblioteca é algo que
perturba Frank, que não aceita, de forma alguma, que todo o acervo seja
digitalizado. E esse processo tecnológico não esta longe da nossa realidade. É
claro que seria um absurdo não disponibilizar mais livros impressos para quem
quisesse ler. Ainda mais de forma pública. Mas esse meio comunicativo está cada
vez mais visível no formato digital (e-book), sendo lidos através dos pc’s, smarthphones e tablets.

Criado não há muito tempo, o conceito chamado de “realidade
aumentada”, onde tudo numa cidade, por exemplo, seria acessado de maneira
interativa e em tempo real – principalmente através do novo produto da empresa
Google, o Gloogle Glass – , serve
como base para se discutir os avanços tecnológicos que permeiam nossas vidas.
Um assunto que se choca de cara com o velho ladrão, que por possuir Alzheimer
apresenta o comportamento de uma pessoa completamente retardatária.

É importante destacar, a meu ver, que as tecnologias ganham
notoriedade porque só nós temos esse poder de concessão. Permitimos que homens
dotados de mentes brilhantes, e que possuem um bom time de engenheiros e
publicitários, nos vendam suas ideias. Assim como Frank, damos aos nossos
“robôs” – entenda como qualquer tipo de tecnologia – o grau de importância que
ele deve ter. Assim, quando formos questionados do porque que o usamos,
possamos exemplificar nosso grau de afinidade.

Roteiro eficiente e original para um tema de saúde batido e
que é embalado por ótimas atuações, não deixando que a presença de atores
conhecidos, como a bela Liv Tyler, forçasse algum destaque que pudesse
comprometer a construção da trama.

Fiquem ligados nos créditos finais. Durante eles, você
confere vídeos de protótipos de robôs reais desenvolvendo diversas atividades
de rotina. E tudo de forma muito precisa, dando a impressão de que, realmente,
não vai demorar muito tempo para começarmos a ver eles andando por aí.

 

Ficha Técnica

Frank e o Robô (Robot
& Frank, 2012)

Diretor: Jake Schreier

Roteiro: Christopher D. Ford

Elenco: Frank Langella; James Marsden; Liv Tyler; Peter Sarsgaard; Susan
Sarandon; Jeremy Strong; Jeremy Sisto; Rachael Ma;

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