Desculpem se me repito, e volto a escrever sobre o tema em questão, mas não aguento mais ver casais se desentenderem por pequenos motivos, pois ao contrário da música do Roberto Carlos que valoriza coisas pequenas de nós dois como lembranças e rasgos de felicidades, as pequenas coisas de casais são muito mais para criar crises, destemperos e até separações.
Existe um lugar comum nas brigas de fim de semana, que desestabilizam os casais, e as famílias, ou porque ela não aceita o futebol dele de sábado à tarde e ele não aceita a necessidade dela passear no shopping pelo simples prazer de fazê-lo.Quem nunca ouviu uma queixa nesse sentido ou não viveu essa grande questão que atire a primeira pedra.
Será que não existe assunto mais importante para um casal divergir? Tantas questões que permeiam a vida familiar e a dois, os desejos, as intimidades, sonhos e frustrações que acabam não tendo espaço na possibilidade de encontros, desencontros e reencontros que são o verdadeiro amálgama de uma relação.
Temas como a educação dos filhos, por exemplo, pois a divergência pode fazer com que os dois revejam seus conceitos e criem algo novo em comunhão, que desejam passar aos seus filhos criando dessa forma a verdadeira família evoluída a partir de princípios pensados, elaborados, criados e atualizados.
Uma questão ideológica : será que os casais discutem entre si suas preferências políticas, para nessa intimidade de expor opiniões saibam escolher o que de melhor há numa visão conjunta. Época de eleições é sempre bom falar disso, pois é uma maneira nobre de se mostrar, crescer e evoluir. Aliás, que a unanimidade é burra todos sabemos, pior do que isso há apenas a alienação..
Na verdade, o mote dessa reflexão é a liberdade de cada um, um bem maior, que em uma relação, ou aliás, em todas as relações, quer sejam pessoais, familiares ou profissionais, deve ser lembrada não como motivo ou causa de crises, mas como uma necessidade de estar inteiro e desse modo poder fazer da relação o encontro de dois inteiros e não de duas metades da laranja.
Já houve na história das artes o homem que virou o suco e vimos que não foi nada agradável e se o casal ainda tem em sua formação as duas metades de uma laranja nós podemos deduzir que sempre uma metade de cada vira suco na melhor das hipóteses ou apenas um bagaço na maioria dos casos.
E bagaço com certeza ninguém quer ser.