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Opiniões

24 DE MARÇO DE 2021

Hora de somar esforços

Por: Humberto Challoub

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O agravamento da pandemia de coronavírus em todo País, que tem resultado no esgotamento da capacidade de o sistema de saúde atender a demanda gerada por internações em unidades de terapia intensiva, obrigou a implementação de medidas ainda mais restritivas de distanciamento social a fim de conter a tendência de crescimento exponencial do número de óbitos motivados pela doença. Mesmo que questionáveis em razão das muitas desinformações e contradições vistas até aqui, as medidas que exigiram mais uma vez o fechamento de atividades comerciais e de lazer são, no atual estágio de evolução do processo de transmissão do vírus, a única fórmula capaz apontada pelos especialistas para evitar uma tragédia ainda maior.

A situação exige de cada um a responsabilidade e o compromisso de agir como cidadão que preza pelos valores inerentes à vida humana.

É reconhecido que, para boa parcela da população – especialmente os que vivem o drama do desemprego ou veem seus negócios inviabilizados -, o prolongamento das medidas restritivas representam um pesadelo ainda maior, porque reduzem a perspectiva de uma recuperação da economia a curto e médio prazos, gerando incertezas e sentimentos de desesperança. O momento, no entanto, não é oportuno para somente apontar culpados, identificar incompetências ou travar debates políticos visando interesses futuros. As consequências negativas geradas pela retração das atividades econômicas não podem ser desconsideradas por caprichos, egocentrismos e interesses outros que não sejam o bem maior da sociedade.

Agora, além da imprescindível adesão da população às orientações de prevenção contra o contágio, tornam-se fundamentais que governos municipais, estaduais e Federal, bem como seus pares políticos abrigados nos legislativos, intensifiquem a adoção de medidas emergenciais visando salvaguardar todos segmentos da população afetados pela impossibilidade de manter suas rotinas de trabalho, sejam elas formais ou informais, bem como para o atendimento humanitário de parcela situada na linha da pobreza extrema.

Seja por meio da distribuição direta de recursos, ampliação da oferta de linhas de financiamentos e empréstimos subsidiados ou por meio da suspensão da cobrança de taxas e impostos, cabe às autoridades públicas agir para evitar o agravamento das dificuldades enfrentadas por milhões de famílias, até que todo processo de vacinação esteja concluído e comprovadamente testado como arma eficaz contra a pandemia. Mais do que nunca a hora é a de somar esforços para dividir benefícios.

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