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04 DE MAIO DE 2022

Inovação industrial é a saída

Por: Da Redação

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Pesquisa encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e desenvolvida pelo Instituto FSB mostrou que 68% de 500 indústrias de pequeno porte (de 10 a 49 empregados) consultadas não possuem área de inovação e 76% não têm orçamento específico para inovação nem profissionais dedicados exclusivamente a esse fim.

Isso mostra que essas empresas, na maioria, não têm estrutura para tornar a inovação uma atividade contínua.

A pesquisa apontou ainda que 78% das empresas sentiram impacto da pandemia de coronavírus (covid-19) sobre seus negócios e que pelo menos 27% foram muito prejudicadas.

Para 55% dos entrevistados, a cadeia de fornecedores foi o primeiro ou segundo aspecto mais impactado pela pandemia, seguido pelas vendas (50%) e pela relação com os trabalhadores (19%).

De acordo com a pesquisa, 45% das pequenas empresas tiveram mais dificuldades em inovar por conta da pandemia. Mais: 68% das pequenas empresas não fizeram inovação nesse período.

Pensando num mundo pós-pandemia, 80% afirmaram que terão que investir em inovação para crescer ou se manter no mercado.

Da pesquisa da CNI, o que se conclui é que o trabalho remoto, instaurado por força da pandemia, mudou a realidade das pequenas indústrias, que tiveram de recorrer a esse tipo de atividade.

Segundo a enquete, nesse período, 43% das empresas adotaram o trabalho no sistema home office. As regiões Nordeste e Sudeste foram as que mais tiveram empregados em trabalho remoto: 52% e 45% das empresas, respectivamente. E, das 500 empresas consultadas, 35% vão manter esse modelo, mesmo depois da pandemia.

Esse cenário mostra ainda que indústrias e outros estabelecimentos comerciais terão de buscar novas ferramentas para manter a competitividade e a produtividade, especialmente na área de inovação.

E uma das soluções passa pela adoção de parcerias com startups e logtechs como forma de atender às expectativas e demandas cada vez mais refinadas, complexas e exigentes que são reivindicadas por clientes e consumidores.

Dentro desse cenário, é fundamental que grandes empresas recebam incentivos para contratar startups e logtechs, que possam ser alcançados por meio da isenção do pagamento de diversos tributos e taxas.

Afinal, essas pequenas empresas hoje podem constituir um agente estratégico na promoção de grandes e médias indústrias, que assim podem experimentar novas alternativas na expansão de seus negócios.

No caso das logtechs, estas pequenas empresas procuram oferecer qualidade e rapidez na entrega, mais informação no processo de compra e pagamento facilitado, com soluções que modernizam processos internos, otimizam custos logísticos e aumentam a eficiência na prestação de serviços.

Deve-se levar em conta ainda que uma startup não trabalha apenas diretamente com o setor de tecnologia da informação (TI), mas procura apresentar soluções para outros departamentos da empresa, como, por exemplo, a área de recursos humanos (RH), que, afinal, precisa manter os funcionários motivados na busca de inovação.

As startups podem também trazer soluções para o setor de comércio eletrônico (e-commerce), especialmente no gerenciamento da carga, com a criação de aplicativos com foco na gestão de equipes externas, como de motoristas e promotores de vendas, sem complicações e com velocidade.

Em outras palavras: as startups podem oferecer uma experiência fascinante a empreendedores que buscam explorar atividades inovadoras no mercado.

Ivone Maria da Silva é economista, empresária, diretora da Imase Soluções Empresariais, em Goiânia, conselheira do Conselho Regional de Economia de Goiás (Corecon-GO) e conselheira classista do Conselho Administrativo Tributário de Goiás (CAT-GO). E-mail: [email protected]

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