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19 DE NOVEMBRO DE 2019

Jornalismo marrom

Por: Da Redação

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“Os grandes navegadores devem sua reputação aos temporais e tempestades que enfrentaram.” (Epicuro)

Os colegas de imprensa mais antigos devem lembrar-se de um periódico que existiu em Santos, chamado Hora Santista.

Seu proprietário atendia pelo apelido de Peruca, e tinha por costume chantagear os políticos da terra, em busca de numerário para manter o seu pasquim. Um belo dia foi encontrado na saída do túnel Rubens Ferreira Martins, em estado lastimável, dando a impressão de que tinha sido atropelado.

Nunca se soube quem foi o autor do massacre, pois Peruca não conseguiu se safar e morreu dias após.

O que o jornalismo da Rede Globo produz atualmente não passa de mera reprodução do Hora Santista, um jornalismo a procura de numerário para manter a boa vida dos donos da chamada Vênus Platinada. Só que tem pela frente um osso duro de roer, que está levando a emissora carioca a perder grandes anunciantes, além de não contar mais com nenhum centavo das polpudas verbas publicitárias com que governos anteriores pagavam para esconder suas safadezas e roubalheiras.

Os atuais mandatários da emissora talvez esqueçam que foi durante o regime militar, nos braços do que eles hoje chamam de autoritarismo, que o velho raposão Roberto Marinho iniciou a construção do império de comunicação em que se transformou, com total apoio a partir de 1965. A rede prosperou durante os governos posteriores ao ciclo dos generais, onde a corrupção se alastrou e propiciou farto material para que a família Marinho pudesse utilizar, em busca de mais dinheiro público.

É só ver o quanto eles devem ao BNDES, de empréstimos recebidos, e quanto devem de impostos à Receita Federal. Como chegou a hora de pagar, estão mais ouriçados que colmeia de abelhas.

Porém, e como dizia Plinio Marcos, “tudo na vida tem um, porém,” a maré mudou de curso e a falta de água está secando os cofres da emissora. Além da falta de novos recursos públicos para que a família continue ocupando bons lugares entre os mais ricos do país, vários antigos e tradicionais patrocinadores estão se desligando e deixando de veicular seus produtos nos comerciais na emissora, o que propicia um novo golpe nas finanças globais.

E qual a saída? Atacar o Governo, criar embaraços ao presidente, forjar notícias e criar pelo em ovo. Só que os mandatários da Globo ainda não perceberam que boa parte do povo brasileiro já acordou.

E despertos, estão se revoltando contra os jornalistas que andam pelas ruas caçando notícias, chegando até a colocar fogo em carro da emissora. Talvez esteja chegada a hora de mudarem de rota, pagarem o que devem ao erário federal, procurar não tumultuar mais, e aceitar que perderam. O exemplo do jornal Hora Santista nos mostra que nem sempre se deve esticar muito a corda, pois ela tem por costume rebentar do lado mais fraco. Resta aos mandatários da Globo decifrar esse enigma.

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