Bioenergia é o nome dado à energia obtida por meio da biomassa (matéria orgânica produzida pelos seres vivos e utilizada para geração energética). Essa energia resultante pode ser utilizada na produção de calor, eletricidade e combustíveis.
A biomassa é uma fonte de energia renovável que gera poucos poluentes, sendo, portanto, uma boa alternativa para as fontes de energia convencionais, as quais dominam a matriz energética mundial.
As principais fontes de bioenergia são materiais provenientes de matérias primas renováveis e dejetos orgânicos (estrume, lixo orgânico, resíduos urbanos).
Pouco difundido
O uso da bioenergia como fonte de alternativa energética ainda não é largamente difundido e representa apenas uma pequena parcela no consumo de energia mundial. No entanto, há uma projeção otimista que diz ser possível, que a bioenergia abasteça a demanda mundial de energia, até o ano de 2050.
Um exemplo disso é que na China está sendo construída a maior usina de produção de bioenergia a partir do lixo. A planta fica na cidade de Shenzhen, no sul do país, e tem a capacidade de processar cerca de 5 mil toneladas de resíduos por dia. A previsão é que a usina comece a operar ainda em 2020.
A nova instalação será capaz de transformar em energia um terço do lixo produzido diariamente pela população da região metropolitana de Shenzhen – onde vivem cerca de 20 milhões de habitantes.
Colapso
Por outro lado, a Baixada Santista está próxima de um colapso por conta do término da vida útil dos aterros sanitários do Sítio das Neves, na Área Continental de Santos, e de Peruíbe. Estimam-se que 668 mil toneladas de resíduos sólidos domiciliares oriundos da região fiquem sem um local definido para destino em pouco tempo. As ações precisam ser urgentes, já que o aterro está no limite de sua capacidade. A Cetesb apresentou laudo afirmando que a sua sobrevida é de, no máximo, 6 anos.
É de entendimento que a associação dos nove municípios da região é fundamental para racionalizar e ampliar o tratamento dos resíduos sólidos, o que permitirá reduzir custos. Definir com rapidez ações como cooperativas de separação de materiais recicláveis, usinas e coleta seletiva, podem ser algumas das soluções para destinação final.
E isso deve ser feito rápido, pois, só para se ter uma ideia, por dia, cerca de 60 toneladas de resíduos – 12,5% do que é gerado diariamente na cidade de Santos – vão parar no mar.
Mas os caminhos para um ambiente saudável vão muito além de uma gestão ambiental integrada e ou de tecnologia limpa. Preserve, não jogue lixo na rua, recicle. Atitudes assim ajudam e muito a reduzir o impacto ambiental e o planeta agradece.