Maior presença na China | Boqnews

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14 DE ABRIL DE 2023

Maior presença na China

Por: Humberto Challoub

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A viagem da oficial comitiva brasileira à China, liderada pelo presidente Lula, representou uma importante oportunidade para o Brasil ampliar o volume de negócios com aquele país, com reflexos positivos também na possibilidade de expandir relações comerciais com outras nações asiáticas e do oriente médio.

A geração de superávits comerciais e a atração de investimentos externos poderá ajudar a reverter as expectativas negativas geradas pela diminuição da atividade econômica interna resultante da escassez de crédito o que, no atual momento, representa um banho de água fria nas pretensões brasileiras de acelerar o ritmo de desenvolvimento.

O crescimento verificado nos investimentos produtivos e a ampliação dos níveis de consumo interno, ao longo dos últimos anos, ainda são insipientes para garantir a elevação do Produto Interno Bruto (PIB) e assegurar a imunidade do Brasil em relação ao resto do mundo, especialmente no atual cenário de dificuldades configurado pelas consequências da pandemia e da guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

A expressiva diminuição dos recursos disponíveis para atender linhas de crédito, o aumento dos níveis de endividamento das populações e a propagação de um surto de desconfiança em relação às instituições também são fatores que dificultam um melhor desempenho da economia brasileira.

Soma-se a isso, as dificuldades vividas pelos principais mercados consumidores mundiais, com a consequente queda por demandas por matérias-primas e insumos básicos, principais itens de comércio oferecidos pelos países emergentes, entre os quais inclui o Brasil.

O mundo que se preconiza globalizado está aberto às oportunidades e impõem novos sistemas de integração comercial entre as nações, alicerçados na ideia de que, ao invés de distribuir prejuízos da especulação financeira, são as riquezas produzidas pelo trabalho que devem ser compartilhadas em benefício de todos.

Nesse sentido, novos acordos firmados como a China podem assegurar investimentos em áreas essenciais de infraestrutura, como transporte, energia limpa e recuperação ambiental.

Priorizar a criação de novos empregos – ou mesmo garantir a manutenção da oferta de empregos nos níveis atuais – se faz necessário, uma vez que já se sabe que o País não ficará incólume diante da gravidade configurada no cenário internacional.

As turbulências que afetam importantes parceiros, como os países europeus e EUA, confirmam a necessidade de o País estabelecer novas rotas de comércio para reduzir, de forma gradativa e contínua, a indesejável dependência desses mercados.

Humberto Challoub é jornalista, diretor de redação do jornal Boqnews e do Grupo Enfoque de Comunicação

 

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