Mais Educação, menos crime | Boqnews
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Opiniões

14 DE MARÇO DE 2018

Mais Educação, menos crime

Por: Humberto Challoub

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Levantamento realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com base em recentes dados disponíveis do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), constatou uma realidade preocupante: no ano passado, as indústrias brasileiras destinaram cerca de R$ 30 bilhões com segurança, contra apenas R$ 12,5 bilhões dirigidos à pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias.

O estudo aponta para o contra-senso com o volume de recursos desperdiçados devido a roubos, furtos, vandalismos, além de gastos com seguro e segurança privada, valores que bem poderiam ser dirigidos ao aprimoramento de processos produtivos e qualificação de mão de obra para tornar o País mais competitivo no mercado global.

Neste sentido, a CNI sugere uma agenda para o próximo governo, a ser eleito em outubro, elencando 11 fatores-chave para aumentar a competitividade e promover o crescimento sustentado da economia nos próximos quatro anos. Elaborado com base em sugestões de empresários, a lista já inclui a segurança pública como uma das prioridades.

Para a CNI, a baixa qualidade da segurança pública faz com que as pessoas paguem duas vezes: primeiro em impostos e depois em segurança privada, ocasionando a redução da produtividade dos trabalhadores.

A gravidade do momento impõe ao novo governo, segundo a entidade, a adoção de medidas de estímulo à criação de um plano nacional de segurança pública; à criação de sistema nacional de informações de segurança, com dados padronizados e disponíveis à sociedade; e a promoção do combate à pirataria e à venda de produtos roubados.

Há consenso da necessidade do enfrentamento à criminalidade para o restabelecimento da lei e de ordem diante do atual quadro caótico, porém os benefícios almejados à população, advindos do desenvolvimento social e econômico, só poderão ser conquistados por meio da mobilização de todos os agentes e setores da sociedade em prol de uma política de educação universal, que assegure oportunidades de acesso sem distinção às novas gerações.

Mais do que quitar uma dívida social, especialmente com os segmentos mais pobres, o investimento maciço em projetos dirigidos à educação denota a única estratégia capaz de garantir um futuro de paz e crescimento sustentável, por meio da formação de profissionais preparados para os novos desafios e dotados com a capacidade de entender, cumprir deveres e exigir os plenos direitos de cidadania.

Quanto mais priorizarmos a construção e o bom funcionamento de escolas, por certo necessitaremos despender menos recursos para manter e construir novos presídios.

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