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Opiniões

22 DE JANEIRO DE 2012

Média sofrível

Por: Fernando De Maria

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Apesar da região contar com uma das maiores taxas de população acima de 60 anos em relação ao restante do Estado e do País, a atenção dada pelas autoridades regionais da área de assistência social ainda está aquém das reais necessidades de programas públicos voltados para este universo.


Dados mais recentes de 2008 obtidos após cruzamentos de informações da Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Regional em parceria com a Fundação Seade mostram que, tomando  como referência os cinco principais municípios da Baixada Santista, a atenção dada ao setor é, de forma geral, mediana para sofrível.


O levantamento criou o Índice Futuridade, indicador que caracteriza o município quanto às iniciativas na área de Assistência Social à pessoa idosa, para garantir o envelhecimento digno e saudável de seus munícipes. A nota varia de 0 a 100, sendo que o número máximo representa as melhores condições oferecidas aos idosos, tanto em termos de saúde, quanto aos serviços sociais e atividades esportivas e culturais destinadas a eles.


Os dados baseiam-se em três itens: proteção social (ações de combate à vulnerabilidade social, ou seja, se são oferecidos serviços que estimulam o convívio familiar e comunitário, o acesso à renda, o atendimento a idosos com direitos violados e a proteção integral em caso de perda total com o vínculo familiar); dimensão-participação (identifica a oferta de atividades e/ou programas de cultura, esporte e turismo realizados pelas prefeituras para a população idosa e a existência ou não do Conselho Municipal do Idoso); e a dimensão saúde, que mensura as condições de saúde do idoso, baseadas na taxa de mortalidade  entre 60 e 69 anos, considerada como precoce, e na proporção de óbitos nessa faixa etária entre os que tiverem acima de 60 anos ou mais.


Dos cinco principais municípios da região, apenas um obteve um conceito considerado alto. Praia Grande ficou com  66,7 pontos no item Futuridade, alavancada  pelos tópicos de proteção social e participação. Cubatão surge em segundo lugar, com 52,2 pontos, também impulsionada pelos dois itens.


Santos, que ocupa o terceiro lugar neste ranking, passa raspando, com meros 50,1 pontos. As melhores notas decorrem dos tópicos participação (100) e saúde (60), aliás o maior índice neste item entre as cinco cidades analisadas. A nota mais baixa deve-se  ao tema proteção social (29,1), o penúltimo pior entre os municípios avaliados. Triste, porém, fica a situação dos idosos de São Vicente (média de 43,4) e Guarujá, com apenas 32,8 pontos. Em ambas, o principal ponto negativo foi a área social.


Alguns podem discordar e apontar que os dados estão desatualizados, o que é verdade, mas o cenário atual de oferta de atendimento a esse público ainda deixa a desejar e não sofreu alterações significativas neste período. Portanto, está comprovado que os idosos devem contar com melhor atenção na hora da execução de políticas públicas.

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