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11 DE NOVEMBRO DE 2011

Mero coadjuvante

Por: Fernando De Maria

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Praticamente desde seu surgimento há quase 32 anos, o PT sempre esteve presente na política santista e regional. Contava com deputados estaduais, federais e prefeitos. Chegou a ser a agremiação com a maior bancada regional (no Congresso, Telma de Souza e Mariângela Duarte, e na Assembleia, Maria Lúcia Prandi e Fausto Figueira eleitos na onda Lula, em 2002), além de sucessivos mandatos consecutivos que tais parlamentares tiveram ao longo de suas trajetórias políticas.


Em âmbito municipal, elegeu diversos vereadores e três prefeitos: em Santos (no período de 1989 a 1996, com Telma de Souza e David Capistrano) e agora em Cubatão (com Márcia Rosa, desde 2008).
Entre o final dos anos 80 e meados da primeira década deste século, o PT tinha na Baixada Santista um dos seus mais influentes polos políticos.


Aos poucos, porém, o partido perdeu espaço e força, especialmente em cidades como Santos. Hoje, apenas Telma de Souza continua deputada, agora estadual. Outros deixaram o partido, como Mariângela Duarte, hoje no PSB. Maria Lúcia Prandi e Fausto Figueira saíram de cena.


Com a eleição municipal a se aproximar, o PT  vive o dilema em decidir o seu candidato. Telma  quer ser a escolhida pela sexta vez, apesar de negar  – por enquanto – a sua pretensão. A vereadora Cassandra Maroni já colocou seu nome à disposição para participar da prévia.
Se a ideia for levada adiante, corre-se o risco do PT santista se esfacelar de vez, a exemplo do ocorrido em eleições anteriores, como a de 1996, quando muitos ex-petistas bandearam para a campanha de Beto Mansur durante as madrugadas políticas, no embate David /Suely Maia x Telma.


Na realidade, o PT está dividido em suas correntes políticas. Das quase 10 existentes, quatro têm maior expressão na região: CNB – Construindo Novo Brasil (ex-Articulação), que tem como líderes regionaisTelma de Souza e Márcia Rosa; Novo Rumo, do atual presidente do PT santista, Cecílio Melo e do presidente da macrorregião Emerson dos Santos; PTLM – Partido de Trabalhadores de Lutas e Massas, cujo representante é o vice da macrorregião, João Gabriel; e Mensagem ao Partido, que tem entre as lideranças a vereadora Cassandra Maroni.


Com tantas divisões, fica difícil a manutenção de uma unidade, substantivo que é um desafio para a direção local e regional do partido. Afinal, manter o discurso na teoria e adotá-lo na prática nem sempre é tão simples assim. Afinal, ao longo dos últimos anos para eleições do Executivo o partido não tem tido sucesso. Teve uma votação inexpressiva em 2008 e em 2010, ambos candidatos tucanos – José Serra e Geraldo Alckmin – venceram com substancial percentual de votos em Santos.


Sinal que o PT precisa de urgente revigoração sob o risco de se tornar um mero coadjuvante na eleição municipal que se aproxima.

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