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Opiniões

10 DE MARÇO DE 2021

Momento de unir esforços

Por: Humberto Challoub

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O agravamento da pandemia de coronavírus em todas as regiões do País, que tem gerado recordes sucessivos no número de óbidos provocados pela doença, impõe, nesse momento, a mobilização de todos os agentes da sociedade, no aceite e cumprimento rigoroso das medidas restritivas impostas pelas autoridades públicas e, sobretudo, no esforço para agilizar o processo de imunização de acordo com a disponibilização paulatina das vacinas utilizadas para conter a propagação ainda maior do vírus.

Ao que se viu até aqui, já não há mais como aceitar a politização no processo de combate ao coronavirus, que resultou na desinformação e no atraso na adoção de medidas preventivas que, se aplicadas em consenso e tempo hábil, poderiam ter evitado o colapso estrutural que assistimos nos sistemas de saúde de muitas cidades brasileiras. Agora não há de se apontar responsabilidades ou culpados, mas sim unir esforços para salvaguardar as vidas que ainda podem ser protegidas com adoção de medidas efetivas, solidárias e reconhecidas como únicas ações possíveis para evitar o mal maior: uso de máscaras, higienização das mãos, distanciamento soicial e, sobretudo, agilizar o processo de vacinação.

Não se trata de tarefa fácil. Afinal, o negacionismo e a necessidade premente de sobrevivência de muitos segmentos econômicos, especialmente no setor informal, surgem como grandes obstáculos a serem superados diante de uma economia debilitada pelos longos períodos de inatividade impostos até aqui.

Diante de tantas incertezas, torna-se urgente a decisão de garantir o pagamento de mais uma rodada do auxílio emergencial aos milhares de brasileiros que enfrentam condições precárias à manutenção de vida digna. Aos governos Federal, estaduais e municipais, bem como à classe política representativa, cabe o dever patriótico de priorizar todas as ações necessárias para reduzir gastos visando atender essa demanda, ao invés de elevar tributos para manter benesses de quem, nesse momento, tem o privilégio de gozar das garantias e da estabilidade oferecidas pelo setor público.

Nesse contexto, as divergências políticas motivadas pelo prenúncio do pleito eleitoral a ser realizado no próximo ano revelam-se um obstáculo difícil de ser transposto, uma vez que acirraram posições antagônicas que deveriam agora convergir em uma mesma direção. A trágica realidade imposta pela pandemia não pode ser desconsiderada por caprichos, egocentrismos e interesses outros que não sejam o bem maior da sociedade, que por certo saberá julgar culpados e conclamar seus heróis.

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