Momento decisivo | Boqnews
Foto: Divulgação

Opiniões

06 DE OUTUBRO DE 2018

Momento decisivo

Por: Humberto Challoub

array(1) {
  ["tipo"]=>
  int(27)
}

Encerrado o período reservado à propaganda política, os mais de 147 milhões de eleitores brasileiros aptos a votar neste domingo (7) terão a responsabilidade de escolher os representantes que estarão conduzindo os destinos do País nos próximos quatro anos.

Mais do que exercer a cidadania, o comparecimento às urnas representa, neste momento, uma importante etapa para a consolidação do sistema democrático nacional, especialmente porque resguarda os valores das instituições que dão sustentação ao atual regime.

Independente das críticas que possam ser feitas ao modelo político adotado até aqui e, principalmente sobre a qualidade das candidaturas colocadas à disposição para a escolha do eleitorado, a participação consciente e responsável dos eleitores traduzirá a livre manifestação do soberano desejo da população, um passo a mais em direção ao aperfeiçoamento da democracia brasileira.

A ninguém interessa alimentar a descrença sobre a real utilidade de realização e participação em processos eleitorais, diante da falta de perspectiva motivada pelo lançamento contínuo de candidaturas bizarras, pela complacência aos postulantes de passado político questionável e aceitação aos pleiteantes desprovidos de capacidade para assumir cargos na atividade pública.

Moralização não pode ser confundida com cerceamento à liberdade de direitos, mas a uma necessidade a qual todos, sem exceção, devem estar submetidos para assegurar a continuidade do estado democrático .

Lamenta-se, no entanto, que as campanhas eleitorais tenham sido polarizadas pela radicalização, rejeição às candidaturas, à desconstrução da imagem dos oponentes e à defesa insistente de propostas rasas de maior apelo junto ao eleitorado.

Assim, o resultado a ser apurado das urnas – seja quais forem os escolhidos – pouco contribuirá para promover mudanças profundas na condução dos destinos do País, uma vez que discussões de maior relevância, como as reformas política, tributária, administrativa e da Previdência Social, ficaram à margem dos debates.

Da mesma forma, temas essenciais à formação de uma política de educação, de segurança e saúde pública foram tratados com superficialidade, a partir da apresentação de planos de ações paliativos desprovidos dos fundamentos necessários para oferecer soluções definitivas para os problemas que afetam esses setores há décadas.

Que a decisão extraída das urnas seja respeitada, pois só assim o País somente conseguirá alcançar o desenvolvimento almejado com a união de propósitos e a superação das divergências política, que devem ficar restritas aos períodos eleitorais.

Notícias relacionadas

ENFOQUE JORNAL E EDITORA © TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

desenvolvido por:
Este site usa cookies para personalizar conteúdo e analisar o tráfego do site. Conheça a nossa Política de Cookies.