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Opiniões

28 DE MAIO DE 2010

Mudanças eleitorais

Por: Fernando De Maria

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Junho inicia com um fato marcante que alterará a vida dos brasileiros: a Copa do Mundo. A preparação da seleção brasileira e o sucesso (ou não) da equipe escalada por Dunga vai garantir a alegria (ou tristeza) para os mais de 190 milhões de brasileiros. Oxalá, o objetivo seja alcançado.
De forma mais silenciosa, mas não menos importante, junho também será decisivo para a escolha dos candidatos aos cargos eletivos, cujas eleições se aproximam. Conforme o calendário eleitoral, os candidatos ao pleito serão escolhidos entre os dias 10 e 30 próximos. Uma prova onde muitos gostariam de participar, mas nem todos conseguirão. Por falta de verbas ou pela ausência de densidade eleitoral. Apesar do oposto também ocorrer, dependendo dos interesses futuros.
Aos interessados de plantão, valem algumas dicas. A Baixada Santista tem reais chances de fazer mais parlamentares que o volume atual, com dois federais e seis estaduais.
Hoje, a Baixada Santista tem 1 milhão 212 mil 488 eleitores (dados somados até 30 de abril, cinco dias antes  do término das alterações e mudanças de títulos eleitorais. Os números finais ainda não foram divulgados, mas não irão alterar significativamente este quadro), o equivalente a 4% do eleitorado.
Por este percentual, a região teria quatro estaduais e três federais. Mas, como o voto distrital inexiste, há espaço para crescimento. Além disto, o eleitorado estadual cresceu 7,26%  nos últimos quatro anos, contra 8,27%  na região. O crescimento se deve pelas mudanças demográficas regionais e o incremento populacional significativo de cidades, como Bertioga e Praia Grande,  fatores que se refletem no volume de eleitores.
Por exemplo, desde a última eleição presidencial, em 2006, até hoje a Baixada Santista ganhou 92.681 eleitores – volume superior ao total de votantes de cidades como Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe e Bertioga. Para efeitos comparativos, este total de votos foi superior ao número de sufrágios obtidos por 64 deputados estaduais e 16 federais  na eleição passada.
Outra curiosidade: os candidatos que costumam concentrar suas atenções aos municípios mais populosos, como Santos, São Vicente e Guarujá, devem também ficar atentos às cidades do Litoral Sul. Somados, os municípios, incluindo Praia Grande, contam com 311.236 eleitores, 35.313 a mais que em 2006. Apenas este acréscimo é superior ao número de votos obtidos por dois deputados estaduais e três federais eleitos em 2006. Assim, não será surpresa se a região conseguir eleger representantes efetivos à Câmara e Assembleia, se houver uma escolha em massa.
É claro que a eleição depende de uma série de fatores, como o coeficiente eleitoral e os recursos disponíveis, por exemplo. Além disto, tal situação só ocorrerá se houver uma concentração efetiva de votos da população em candidatos da região, o que nem sempre ocorre. Este, aliás, é outro desafio a ser enfrentado.

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