Não ao racismo | Boqnews
Foto: Divulgação

Opiniões

17 DE JUNHO DE 2020

Não ao racismo

Por: Da Redação

array(1) {
  ["tipo"]=>
  int(27)
}

Racismo consiste no preconceito e na discriminação com base em percepções sociais baseadas em diferenças biológicas entre os povos. Muitas vezes toma a forma de ações sociais, práticas ou crenças, ou sistemas políticos que consideram que diferentes raças devem ser classificadas como inerentemente superiores ou inferiores.

Confesso que eu, como preto (pardo, negro, mulato, pouco importa), filho de pais africanos oriundos de Cabo Verde e naturalizados brasileiros, pouco escrevi sobre este tema. Claro, sofri ou senti, em alguns momentos da minha vida, preconceito contra minha cor, mas sempre mantive minha identidade, não levando como uma causa a ser defendida constantemente.

A morte de George Perry Floyd Jr, cidadão norte americano assassinado em Minneapolis no dia 25 de maio de 2020, estrangulado por um policial branco que ajoelhou-se em seu pescoço durante uma abordagem, gerou uma onda de protestos planetários jamais visto contra o racismo.

Levante

A atitude nefasta dos policiais acordou e ganhou a adesão de povos que vem sofrendo há tempos naquele continente: asiáticos, indígenas e latinos. Não se trata de mais um ato racista, é um divisor de águas e um basta nesta atitude perversa e travestida em meio a brincadeiras de mau gosto ou manifestações diretas de quem se acha uma raça superior.

Existem dois tipos de racismo, o institucional, que é a manifestação de preconceito por parte de instituições públicas ou privadas, do Estado e das leis que, de forma indireta, promovem a exclusão ou o preconceito racial. O Brasil não foge disso, população de comunidades carentes são frequentemente mortos ou sofrem excessos nas abordagens policiais. Aqui, junto com o racismo, ainda há o preconceito social, que fique claro.

Existe ainda o racismo estrutural, de maneira ainda mais branda e imperceptível, mas que tende a ser ainda mais perigosa por ser de difícil percepção. São as práticas, hábitos, situações e falas embutido em nossos costumes e que promove, direta ou indiretamente, a segregação ou o preconceito racial.

Orgulho

Essa forma de racismo manifesta-se quando usamos expressões racistas ou quando fazemos piadas que associam negros e outras raças a situações vexatórias, degradantes.

Tenho um filho, 14 anos, igualmente preto, e, sempre passo uma lição: nunca negue sua raça e tenha orgulho de quem você é. Já notei brincadeiras dele com amiguinhos, estes com frases ou piadas preconceituosas. Um dia o indaguei: por que você os deixa falar assim? Ele responde: deixa pai, são meus amigos! Entendo, também passei por isso. Convenço a perceber em alguns deles quando há maldade e que isso pode se tornar frequente no futuro.

Aconselho-o sempre a fazer como Martin Luther King ensinou: “Eu decidi ficar com amor. O ódio é um fardo muito grande para carregar”. Basta de racismo!

Notícias relacionadas

ENFOQUE JORNAL E EDITORA © TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

desenvolvido por:
Este site usa cookies para personalizar conteúdo e analisar o tráfego do site. Conheça a nossa Política de Cookies.