Ao anunciar que irá priorizar a atenção do Ministério da Educação para o ensino básico, o novo ministro da pasta, Ricardo Vélez Rodríguez, renova as esperanças de melhoria de um setor extremamente estratégico para o desenvolvimento social e econômico do País.
Os índices que comprovam a baixa qualidade e eficiência da educação pública brasileira há muito são conhecidos e, durante décadas, pouco se fez para reverter essa situação.
A tarefa de qualificar a infraestrutura da rede pública de ensino e introduzir novos métodos educacionais é um dos grandes desafios a ser superado pelo novo Governo que inicia, especialmente quando se sabe que atualmente pouco mais de um terço dos alunos do Ensino Fundamental sabem ler e escrever com fluência; e que boa parte dos docentes que ministram aulas na rede pública não têm graduação ou trabalham em áreas totalmente diferentes das suas licenciaturas.
Impõe-se, portanto, a necessidade de estabelecer padrões mínimos de qualidade para alcançar os objetivos preconizados, especialmente a meta de formação de jovens virtuosos, capazes de iniciar um ciclo de novas gerações melhores qualificadas e preparadas para os desafios do futuro.
Evidencia-se assim a urgência de reformular os programas adotados no Ensino Básico, abrindo espaço para o ensino técnico e profissionalizante, a exemplo do que já ocorre em colégios militares e instituições, como o Sesi e o Senai. M
ais do que quitar uma dívida social com a população brasileira, o investimento maciço em projetos dirigidos à Educação Básica denotam a única estratégia capaz de garantir um futuro de crescimento sustentável, por meio da formação de jovens preparados para os desafios tecnológicos e dotados com a capacidade de entender, cumprir deveres e exigir direitos de cidadania.
Neste sentido, torna-se fundamental contemplar as demandas salariais dos docentes para tornar o setor educacional atrativo e, principalmente, capacitá-los para ampliar a qualidade do ensino ministrado.
Além de elevar o nível de compreensão dos alunos do Ensino Básico, o aperfeiçoamento do corpo docente resultará, por consequência, na melhoria da formação ética e moral das futuras gerações de brasileiros, que foram prejudicadas pelo descaso das autoridades públicas e privadas das referências que lhes dessem parâmetros para construção de uma sociedade alicerçada em conceitos de eficiência, culto à sabedoria e de respeito aos valores de humanidade e cidadania.
Interromper o moto-contínuo da ignorância é uma iniciativa louvável, que merece o apoio de todos, sem exceção.
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