O bebê cresceu | Boqnews

Opiniões

22 DE MARÇO DE 2012

O bebê cresceu

Por: admin

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Tenho me surpreendido com o enorme número de e-mails que recebo de jovens adolescentes, mais meninas do que meninos — mas eles também estão presentes — com dúvidas a cerca da sexualidade, início de vida sexual, ou mesmo pedindo esclarecimentos de assuntos tão banais que fazem parte até de uma higiene psicosexual.


Isso me mobiliza a falar de algo que imaginamos esteja subentendido por todos, que imaginamos que todos sabem  nessa alforria que o corpo tem, de se mostrar, de se usar, mas infelizmente de pouco gozar. Discutir sobre sexualidade ainda é tabu, comentário exaustivamente repetido aqui por mim, mas falar disso com os filhos é tabu ao quadrado.


O tema, que deve ser debatido dentro de casa, na sala de visitas, na mesa das refeições, nos lugares sagrados da família, muitas vezes é deixado de lado pela falta de conhecimento ou preconceito dos pais não por pudor, mas sim por que ao falarem disso com os filhos, ao questionarem, estarão indiretamente entrando em contato com suas próprias dúvidas, angústias e insatisfações.


E as conseqüências desse silêncio  não tardam a acontecer, tais como o aumento dos índices de doenças sexualmente transmissíveis e gravidez indesejada nos jovens entre os mais comuns.


Quando a criança entra na puberdade e as questões e dúvidas e os sinais do amadurecimento sexual se tornam mais concretos, surge o momento ideal, mas essa época coincide com um momento muito produtivo dos pais e às vezes também com questionamentos dos pais a respeito de sua vida e de sua sexualidade,de seus relacionamentos  embolando tudo ,resultando no silêncio ou na negação desse assunto.


Discutir o assunto é a maneira correta e isso não envolve apenas o sexo explicitamente falando, mas sim ensinar e dar testemunho aos filhos de como construir relações afetivas de qualidade, pois o sexo é conseqüente do afeto, do desejo, da admiração.


Existem inúmeros motivos que levam os pais a não discutirem a sexualidade com os filhos, mas a questão cultural é o principal deles. Esse assunto só aparece quando o mote são as mazelas da sexualidade. Conscientizar sobre as mudanças do corpo e as psicológicas são maneiras de introduzir o assunto reforçando, e mostrando que sexo também é prazer, alegria e responsabilidade


Sabe-se que adolescentes que recebem educação sexual  vinda dos próprios pais, complementada pela educação formal da escola, da religião e da sociedade, com valorização da afetividade tendem a ter o início da vida sexual, com mais tranqüilidade, respeito ao próprio corpo e principalmente com mais responsabilidade.

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