O PSDB dá as cartas | Boqnews
Foto: Divulgação

Opiniões

07 DE DEZEMBRO DE 2017

O PSDB dá as cartas

Por: Fernando De Maria

array(1) {
  ["tipo"]=>
  int(27)
}

Alckmin: na presidência, saída do PSDB do governo será inevitável

O Governo Federal aposta todas as fichas para a aprovação, ainda neste ano, da Reforma da Previdência. Sabe, porém, que hoje não conta com os 308 deputados necessários para aprová-la nos dois turnos de votação.

Apesar de prevista para ser colocada na pauta na quarta (6), o presidente da Casa, Rodrigo Maia, admite a alteração da data. “Faltam muitos votos”, disse à imprensa, sinalizando a diferença entre o desejo teórico do discurso do governo e a prática da realidade dos parlamentares

Três partidos ainda não sinalizaram de forma favorável ao governo. PSD, do ministro da Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab; PR, a qual seu presidente, Antonio Carlos Rodrigues está preso na Operação Caixa d’Água, a mesma que colocou atrás das grades o ex-governador carioca, Anthony Garotinho, e o PSDB, o maior dos três – com 46 deputados – detentor de três ministérios no governo Temer.

A questão central é a declaração do futuro presidente da legenda, o governador paulista, Geraldo Alckmin, cujo nome deverá ser homologado na convenção marcada para o próximo sábado (9) quando ratificará o nome de Alckmin, salvo não ocorrer qualquer surpresa de última hora, algo comum no ninho tucano.

Em entrevista ao jornalista José Luiz Datena, na Rádio Bandeirantes, Alckmin garantiu que o PSDB vai desembarcar do Governo Temer.

A fala provocou ruídos na comunicação entre o governo e os ministros tucanos.

O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, garantiu – mesmo sem muita certeza – que o partido não rompeu com o governo. A afirmação decorre da fala do ministro da Casa Civil, homem forte de Temer, Eliseu Padilha.

“O PSDB não faz parte da base do governo. O PSDB apoia o governo, não rompeu com o governo. Participação ou não do governo é um decisão do presidente”.

Previdência

Nos bastidores desta provável saída dos tucanos está a reforma da Previdência.

O PSDB quer que a proposta seja rediscutida em alguns pontos, como a questão das pensões – cuja soma do casal hoje seria limitada a dois salários mínimos e que o partido defende o teto do INSS – é uma delas.

O PSDB sabe do seu poder neste cenário onde a votação ainda é uma incógnita e sem os votos do partido, as chances de sucesso de aprovação da proposta inexistem.

Fora do governo, vai ajudar a entrar água no projeto governamental.

E sabe que se a proposta for protelada para 2018, há o risco real de naufragar de vez, com o temor dos parlamentares terem que tomar uma decisão tão impopular especialmente às vésperas de uma eleição.

Mas, valorizar o passe hoje não significa, porém, seu fortalecimento junto aos eleitores visando as eleições de outubro.

Isso já será outra história.

Enfim, o jogo eleitoral só está começando. Dezembro promete emoções.

Notícias relacionadas

ENFOQUE JORNAL E EDITORA © TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

desenvolvido por:
Este site usa cookies para personalizar conteúdo e analisar o tráfego do site. Conheça a nossa Política de Cookies.