O Velho médico | Boqnews

Opiniões

23 DE OUTUBRO DE 2015

O Velho médico

Por: Da Redação

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Andava muito doente o velho médico.
Por isso já não tinha a mesma alegria em acordar para exercer a profissão que tanto amava, sucumbindo que estava a uma depressão que se instalava.
Logo recebeu a prescrição de um psiquiatra amigo de plantão: um antidepressivo para aliviar a tensão.
Andava muito doente o velho médico.
Por isso já apresentava sinais de desnutrição e desidratação e para exercer a profissão que tanto amava: proteína e água precisava.
Logo recebeu a prescrição de um clínico amigo de plantão: Suplemento e hidratação para ficar bom, rapidão.
Andava muito doente o velho médico.
Por isso, já não tinha o mesmo vigor e fôlego para exercer a profissão que tanto amava, dispneico que ficava, simplesmente quando falava.
Logo recebeu a prescrição de um cardiologista amigo de plantão: Diurético e digital para melhorar o astral.
Andava muito doente o velho médico.
Por isso já não conseguia, pela taquicardia que lhe seguia, exercer a profissão que tanto amava, sudorético que ficava.
Logo recebeu a prescrição de outro cardiologista amigo de plantão: Carvedilol, losartana e espironolactona para enfrentar a situação.
Andava muito doente o velho médico.
Por isso já não tinha a mesma cor, descorado que estava pela anemia que insistia em dificultar o dia a dia no exercício da profissão que tanto amava, cansado que ficava.
Logo recebeu a prescrição de um hematologista amigo de plantão: Ferro, ácido fólico e complexo B para recuperar a alegria de viver.
Andava muito doente o velho médico.
Por isso já não conseguia dormir como queria pela nictúria que acontecia, um sono que não existia, sonado que ficava para exercer a profissão que tanto amava.
Logo recebeu a prescrição de um nefrologista amigo de plantão: Dieta hipoprotéica e eritropoietina para enfrentar essa terrível rotina.
Andava muito doente o velho médico.
Por isso já não conseguia ver direito seu paciente, pois deficiente na visão não conseguia aferir a pressão e para exercer a profissão que tanto amava, muito bravo ficava.
Logo recebeu a prescrição de um oftalmologista amigo de plantão: Cirurgia de catarata para enxergar o cidadão.
Andava muito doente o velho médico.
Por isso, um dia não acordou para exercer a profissão que tanto amava, pois, com Jesus, definitivamente, já estava.
Surgiram então vários amigos de profissão que tinham nele um ícone no exercício da missão e, então, logo receberam uma prescrição desse eterno campeão, um amigo de plantão, que escrita no coração, orientava para amarem seus pacientes de montão.
Inspirado na poesia do Velho Professor, de autoria desconhecida. Parabéns a todos os médicos. Salve 18 de outubro, uma data para celebrar sempre.
Rubens Amaral, médico com muita honra. Agora é com você! Transforme conhecimento em comportamento.

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